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[Crítica] [REC]


Direção: Jaume Balagueró & Paco Plaza
Ano: 2007
País: Espanha
Duração: 78 minutos
Título original: [Rec]

Crítica:

Não importa o que aconteça... Não pare de gravar.

Todo mundo sabe que Hollywood está sem idéias. Por este motivo, nos últimos anos sofremos um verdadeiro surto de refilmagens. No começo desta "fever", os grandes alvos, foram os filmes asiáticos, mas, com o passar do tempo, os produtores tiveram que inovar dentro da proposta da "cópia", então passaram a fazer remakes de todo os tipos de filmes, inclusive aqueles que mal foram lançados, como é o caso de [REC], que, em alguns países, chegou a um ponto DOENTIO de ter que competir com seu remake, Quarentena, nos cinemas. Onde é que isso vai parar?

A história deste filme gira em torno de um grupo de bombeiros e uma equipe de reportagem que vão até um prédio, onde um chamado foi emitido. Tudo parecia apenas rotina, e a repórter Angela Vidal só estava ali para documentar a vida noturna dos profissionais. Não demora muito para o desespero se alastrar, quando uma senhora contaminada com algum tipo de vírus mata um dos bombeiros. Chocados, moradores, bombeiros e repórteres tentam sair do prédio, mas o pesadelo deles está apenas começando, porque todo o local foi colocado em quarentena. Sem poder sair e com uma verdadeira ameaça, os sobreviventes terão que dar um jeito de sobreviver, enquanto tentam conter o vírus, que se espalha pela mordida.

Eu geralmente tenho a mente aberta quanto a esta questão de refilmagens. Mas achei que, neste caso, foi uma puta falta de sacanagem. Foi totalmente desnecessário, até porque, os dois filmes são quase idênticos, com apenas alguns detalhes e atores diferentes. A maior diferença que posso citar, é a quantidade de violência, presente em maior quantidade no remake. Além disso, Quarentena tem um maior número de vítimas, o que não quer dizer absolutamente nada. Apenas uma cena da refilmagem se mostra original, que é o momento em que um personagem é morto por tiros ao tentar sair do prédio. Essa cena foi legal porque serviu para espalhar o caos entre os personagens e fazê-los ter um motivo real para não tentar sair. Mesmo assim, esse detalhe também foi acrescentado em [REC] 2: Possuídos, então não pode ser considerado um grande feito.

Este filme foi lançado em 2007, no mesmo ano que Atividade Paranormal. Com o sucesso de crítica, bilheteria e custo/benefício que estes dois filmes acumularam, não é de se estranhar que fomos bombardeados por diversas produções filmadas em primeira pessoa, o famoso subgênero Found Footage. Nesta produção, temos um belo exemplo do gênero, com ângulos abertos, abrindo espaço para possíveis sustos, mas ele, nem sempre, acontecem de forma óbvia. Tenho certeza que muitas pessoas irão pular da cadeira em algumas cenas, onde nós, espectadores, somos pegos completamente de surpresa.

Quanto ao elenco, eu não tenho muito que dizer. Assim que você assiste, você não lembra de mais ninguém, a não ser a protagonista, Angela Vidal. Isso não quer dizer que os outros atores são ruins, mas eles são ótimos em seus limites. O foco está mesmo na protagonista, que mantém seu rosto desesperado em destaque durante todo o tempo. Voltando a comparar original e remake, acho que ambas as Angelas se saíram muito bem. Uma coisa interessante, que fugiu do senso comum e ainda surpreendeu, foi a reviravolta no final. Para aqueles que esperavam uma explicação mais convencional, ficou com a cara na poeira, de um jeito positivo, é claro.

Para muitos, a grande questão do filme quanto a explicação dos contaminados, é a grande chave para o alto nível do roteiro. Eu achei interessante, de fato, mas o mais brilhate, foi ter deixado a explicação no ar. Cada um poderia interpretar o que quisesse. É claro que com uma continuação, algumas perguntas teriam que ser respondidas, e isso não agradou a todos, mas isso é assunto para a outra crítica. Quem ainda não é familiarizado com a franquia, está esperando o que para ver? Para mim, já é um verdadeiro clássico. Recomendo!

Trailer Legendado:

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