[Crítica] Ice Spiders - Assassinas do Gelo

Direção: Tibor Takács
Ano: 2007
País: EUA
Duração: 90 minutos
Título original: Ice Spiders

Crítica:

O inferno acabou de congelar.

Já deram as caras nas prateleiras de lançamentos das locadoras ultimamente? Pois eu estou aqui para lhes informar que temos novidades. Para marcar um lançamento, trago até vocês, uma nova dobradinha. Vocês lembram da Dobradinha do Horror, com The Tenant e Invasão Alien, certo? Bem, agora é a vez da Dobradinha dos Maneaters (devoradores de homens). Preparem-se para muitas criaturas, muito efeito digital ruim e péssimas atuações. Prontos para mais este desafio?E só para constar, este filme foi lançado há alguns anos. O lançamento fica por conta da segunda parte da dobradinha.

Neste filme, a história segue um grupo de estudantes que vão até uma estação de esqui isolada para treinarem. Em paralelo a isso, descobrimos que existe um laboratório secreto perto da estação. Nele, cientistas fazem mutações genéticas em aranhas. Depois de um incidente, as aranhas se soltam e começam a tocar o terror na montanha de gelo. Agora, todos terão que se unir para sobreviverem a este mal de oito pernas (elas têm oito pernas, né?).

Antes de qualquer coisa, devo dizer que Ice Spiders – Assassinas do Gelo não faz parte da coleção de filmes da série Maneaters. O título da “dobradinha” faz alusão apenas ao fato de ambos os filmes terem seu roteiro principal envolvendo animais/criaturas comedoras de seres humanos. Mas não fiquem mais animados por causa disso, este filme consegue ser ainda pior que os da série Maneaters, em todos os sentidos da palavra.

Os efeitos visuais, como sempre, são ruins. Mas este filme, em especial, traz uma ruindade única. Os efeitos nem ao menos conseguem ser medianos. Muitas vezes, eles conseguem ser péssimos, coisa rara nas produções atuais. Eu morri de rir das cenas em que o diretor usa um close para fazer imagens refletirem pelos olhos das aranhas. Parece até desenho animado de tão ruim. E o pior, as cenas não acrescentam em nada ao filme. Pior ainda, é o uso da “técnica” ao mostrar como as aranhas enxergam. Que efeito ridículo foi aquele? Fico surpreso em constatar que elas conseguem ver com aquela visão esquisita.

Mas talvez o melhor de tudo seja o roteiro. A cada segundo, ele traz uma pérola atrás da outra. Sinceramente, nada faz sentido neste filme. Um laboratório secreto do lado de uma estação de esqui? Chega até a ser ridículo dizer isso em voz alta. E o que dizer dos motivos que levaram as experiências nos aracnídeos? Papo furado total! Colete à prova de balas por causa da teia das aranhas? Oi? O que eles fumaram? Porque eu quero um pouco.

E sabe qual o melhor nisso tudo? A protagonista deve ser uma Power ranger rosa disfarçada, porque todas as roupas que ela usa, tem uma peça daquela cor. E se ela é a rosa, as aranhas completam o grupo. Cada um de uma cor, como se o espectador estivesse ligando em diferenciá-las. E sabem quantas aranhas existem em todo o filme? Apenas seis. Eu estou até agora me perguntando como elas puderam matar tantas pessoas? Finge que elas são o satanás e pisa, meu povo! Prontos para a segunda rodada dos Maneaters? Tem um dragão te esperando em O Dragão do Gelo. Nota 1,0.

Trailer: