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[Crítica] A Face do Mal


Direção: Mac Carter
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 86 minutos
Título original: Haunt

Crítica:

Então, você quer ouvir uma história de fantasmas?

Ainda tentando digerir o horroroso I Will Follow You Into the Dark, me senti corajoso o suficiente para encarar outra história envolvendo assombrações. Sinceramente não estava esperando grandes coisas desse filme, mas o seu material de divulgação havia chamado atenção suficiente para que eu conferisse. Minha única expectativa era que ele não se saísse tão ruim quando o outro filme já citado acima, ou então eu realmente perderia minha fé no gênero. Pelo bem da minha sanidade, aqui já vemos um quadro mais positivo.

A história segue Evan e sua família ao se mudarem para uma antiga casa sem saber dos terríveis acontecimentos do lugar. Logo após a chegada, Evan começa a experimentar atividades paranormais e pede ajuda de sua vizinha Sam para descobrir o que está acontecendo. Como a proximidade dos adolescentes, eles começam a se apaixonar, só que não sabem que a cada minuto que passa suas vidas correm um risco enorme. Agora, sem querer, eles despertaram um mal destrutivo, que está relacionado diretamente com os horrores que aconteceram na casa, que, por sua vez, estão ligados diretamente com os jovens protagonistas. Você acredita em fantasmas?

Não é uma revelação, e também não chega aos pés dos recentes ícones desse subgênero, Sobrenatural: Capítulo 2 e Invocação do Mal, mas de certa maneira consegue cumprir o seu papel e fica na média. É o típico filme que você não está esperando nada, e é justamente isso que ele te entrega. Não há surpresas, mas você também não fica com vontade de quebrar a televisão quando os créditos finais começam a subir. É perfeito para os dias em que você não tem nada para assistir. É claro que é uma questão de gosto. Tenho certeza que muitos irão gostar, e outros odiar. Fiquei no meio termo.

Vamos começar logo pelos pontos positivos. A química entre os adolescentes protagonista é muito boa. A forma como a relação deles é desenvolvida no enredo é peculiar, mas funciona muito bem dentro da trama. Infelizmente não podemos dizer o mesmo dos outros personagens, que são totalmente descartados da história. O roteiro poderia ter englobado os demais, trazendo uma perspectiva maior para o filme. Podemos reconhecer algumas tentativas frustradas de mudança de foco, como as cenas com a irmã do protagonista e seu amigo imaginário. Apesar de clichê, poderia ter rendido alguma coisa, mas foi simplesmente esquecido pelo roteiro, assim como outras cenas desnecessárias.

O diretor acerta ao não entregar todas as assombrações de forma gratuita. Em alguns momentos, há um diálogo rolando no primeiro plano e um fantasma passando no fundo, sem qualquer aviso. Acho essas cenas bem mais interessantes que os “sustos por áudio”, comuns em filmes de terror. É mais do que um susto, é um terror consciente de que você pode ver o perigo e os personagens estão totalmente desavisados. Mas não se encham de expectativa, porque são poucas as vezes que isso acontece. As assombrações são muito fracas, se fizermos um balanço geral do filme. É uma pena, porque a caracterização do fantasma principal é assustadora.

O maior ponto negativo do filme, porém, é a falta de iniciativa do enredo. Esse é o tipo de história que nós sabemos que terá uma reviravolta, mas ela acontece tarde demais. Passamos um filme inteiro seguindo uma história fraca sobre uma máquina que pode se comunicar com os mortos, quando o enredo em si tinha uma boa cartada nas mãos e não usou. Quando sabemos o que está acontecendo realmente, o destino do filme está selado e os créditos finais começam a subir. Enfim, poderia ter sido muito interessante, mas não deixa de ser uma curiosidade para quando não tiver nada melhor para assistir.


Trailer Legendado:

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