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[Crítica] I Will Follow You Into the Dark


Direção: Mark Edwin Robinson
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 112 minutos
Título original: I Will Follow You Into the Dark

Crítica:

Quão longe você iria por quem você ama?

Filmes envolvendo assombrações não são algo fácil de fazer. Por incrível que pareça, das centenas de produções que investem nesse subgênero, podemos contar no dedo as que se mantêm acima da média. E é justamente nessa premissa que I Will Follow You Into the Dark resolve investir, mascarando o seu roteiro e propondo uma mistura de gêneros – algo que raramente é equilibrado de forma correta – na tela. Será que foi dessa vez que os roteiristas conseguiram apresentar algo diferente e digno?

A história gira em torno de uma jovem perdida e apática, Sophia Monet, que está lutando para reencontrar seu caminho após a recente morte de seus pais. Sua vida só volta ao normal quando ela conhece Adam Hunt, um homem carismático, que inflama o senso de propósito de Sophia, e, em seguida, o vira de cabeça para baixo quando Adam desaparece misteriosamente. Junto com a colega de quarto de Adam, Astrid, e um casal de amigos, Sophia o procura freneticamente pelo andar vazio do prédio em que ele mora. Sophia e o grupo logo se veem contra as forças paranormais invisíveis que não vão parar por nada para que Adam não seja encontrado. Sophia deve enfrentar seus demônios pessoais e dar um salto extraordinário de fé para trazê-lo de volta.

Respondendo a minha pergunta no primeiro parágrafo, fico triste ao informar-lhes que não, não foi dessa vez que tivemos algo que merece destaque. De fato, um dos maiores erros desse filme gira em torno dos roteiristas tentando desenvolver três diferentes gêneros em apenas um roteiro. Não me interpretem mal, não estou dizendo que é impossível, mas obviamente não é qualquer um que consegue entregar algo de qualidade. Senti muita vergonha alheia, porque a história é extremamente rara, mas é conduzida de uma forma séria, como se a revelação do gênero. Não se enganem, não é.

Fiquei extremamente decepcionado com esse filme, porque adoro essas propostas diferentes. O lado negativo é que é muito comum o projeto desandar, como é o caso de I Will Follow You Into the Dark. No elenco ainda temos alguns rostos conhecidos, como Mischa Barton – que já havia protagonizado a bomba Apartamento 1303, provando que sua carreira está indo por água abaixo -, Ryan Eggold e Leah Pipes – que atualmente estão tendo destaque nas séries The Blacklist e The Originals, respectivamente.

O romance foi a parte mais desenvolvida pelo enredo, deixando o terror isolado no terceiro ato. Nunca fica exatamente claro o que está acontecendo. Ao invés de seguir uma linha narrativa, o roteiro entrega todas as saídas clichês possíveis (hotel assombrado, sério?). E o pior de tudo é que todas as informações soltas são jogadas na cara do espectador, evidenciando o tamanho da bagunça que é a história. Lá nos minutos finais, quando fica mais claro o que está acontecendo, ninguém mais está se importando com nada. Sem contar que as revelações não têm qualquer impacto, ou seja, poderiam ter sido reveladas antes e com a possibilidade de algum desenvolvimento.

O diretor ainda insiste em colocar flashes do casal protagonista no meio das cenas “tensas”, como se fôssemos sentir alguma coisa além de irritação. Foi uma completa perda de tempo, o que me deixa muito triste, já que esse filme é enorme. Como já disse, só teve êxito na parte do romance, já que apresentou um casal crível – e até divertido. Mas quando o assunto são fantasmas e correria, a coisa fica preta (viram o que eu fiz aqui?). Sem mais delongas, corram feito loucos desse filme, porque é uma bomba.


Trailer:

Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário:

  1. A Micha Barton poderia voltar a fazer seriados, acho que ela conseguiria mais sucesso.

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