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[Crítica] Girls Against Boys


Direção: Austin Chick
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 93 minutos
Título Original: Girls Against Boys

Crítica:

Garotas grandes não choram. Elas se vingam.

É comum vermos diversos slashers onde meninas bonitas tentam fugir de seriais killers (Sexta-Feira 13, alguém?). Porém, existem produções que fazem questão de mostrar que o sexo feminino não é assim tão frágil. Uma das mais comentadas recentemente foi o remake Doce Vingança, que mostrou que mulheres podem ser tão cruéis quanto os homens. Além disso, vingança é com elas mesmas. Hoje trago a vocês, não apenas uma, mas duas produções (Girls Against Boys e American Mary) que abordam esse tipo de tema.

A história desse filme gira em torno de Shae, uma ingênua estudante universitária que acaba de ser abandonada pelo seu namorado mais velho. Para se divertir, ela acaba saindo com desconhecidos e, como resultado, acaba sendo estuprada por um deles. Sozinha e devastada com a situação, ela só pode contar com sua mais nova amiga, Lu. Juntas, elas irão se vingar dos homens que fizeram mal à Shae. Porém, conforme os corpos vão se amontoando, Shae passa a se questionar se o seu mais novo hobbie realmente a ajuda a preencher o seu vazio interior. Em paralelo a isso, Lu vai se tornando obcecada pela nova amiga, de um jeito doentio e mortal.

Só de assistir ao trailer já dá para perceber que esta é uma história mais alternativa. Não há correria ou gore em demasia, então o enredo foca bastante na parte psicológica. Infelizmente, é justamente essa a parte mais fraca de todo o filme. Apesar de tentar manter o foco no suspense psicológico, o diretor entrega um triller vazio e quase apático. Girls Against Boys não é necessariamente ruim, mas se perde em sua segunda metade, ao nos entregar uma trama quebrada e prejudicada, que poderia ter sido melhor desenvolvida.

Garotas se vingando de rapazes é sempre um tema interessante de se acompanhar. E, considerando que este devia ser o assunto principal do filme, era de se esperar bem mais do modus operandi das garotas. Só há apenas uma cena que é realmente legal de acompanhar, que é quando testemunhamos o estuprador pagar pelos seus pecados. Além disso, o filme só apresenta algumas outras mortes vazias e rápidas. Ao invés de estabelecer uma tensão crescente conforme as garotas vão adentrando neste mundo de assassinatos, a sensação que fica é que estamos em uma montanha russa, cheio de altos e baixos.

Falta personagem para ser desenvolvido. Falta personagem para ser morto. E os que estão em tela definitivamente não recebem a aprofundamento necessário. Tudo acontece muito rápido, principalmente a vingança das meninas. Então o filme inicia o seu terceiro ato sem vítimas em potencial e em um ritmo mais lento que o seu começo. Não estou sendo exagerado. Há uma quebra na história e ela praticamente sofre um reinício. Estávamos assistindo um filme de vingança e passamos a acompanhar um romance adolescente. E quem assistir pensando que o desfecho pode compensar em algo, vai ficar muito desapontado.

Se o roteiro tivesse acrescentado alguns conflitos a mais e dado um pouco de emoção à história, o final poderia ter se salvado do desastre. Mas, pelo contrário, tudo seguiu de forma arrastada até as letras finais começarem a subir. Não houve tensão, suspense ou emoções. Personagens morrem. Personagens matam. E o rosto da protagonista preservado por uma máscara de vazio. Considero como ponto positivo a Nicole LaLiberte, que interpretou muito bem o seu papel. Ela estava ótima na pele de uma sádica psicótica. Não pode fazer muito mais do que isso ou mostrar a insanidade da sua personagem, até porque, o ritmo é - como já cansei de dizer - completamente apático. Não vou fazer uma recomendação, mas também não os informarei para correr. Fiquem à vontade!


Trailer:

Comentário(s)
2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. Olá

    Gostei mt deste blog e só faço uma ressalva sobre este post conciso e eficaz: vc disse que ia falar sobre dois filmes, mas não veio nada sobre a produção "American Mary" [que por sinal já assisti e é brilhante].

    Tchau e continue assim ...

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    1. São duas críticas diferentes. O link para a crítica de American Mary está embutido no texto, basta clicar em cima do título do filme.

      Segue o link direto:
      http://meumundo-alternativo.blogspot.com.br/2013/02/critica-american-mary.html

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