[Crítica] Piranha 2

Direção: John Gulager
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 83 minutos
Título original: Piranha 3DD

Crítica:

O dobro de terror. O dobro de diversão.

Para quem não sabe, Piranha 3D, dirigido por Alexandre Aja (amo este homem!), é um dos filmes da minha vida. Eu simplesmente AMO este filme. É perfeito (aos meus olhos)! Tem violência, piadinhas cretinas, mulheres nuas... Enfim, é um passeio divertido aquelas produções trash dos anos 80. Com um final empolgante que abria espaço para uma sequência, eu fiquei na expectativa, doido para poder ver mais uma rodada de sangue, peitos e piranhas (em todos os sentidos da palavra). Não demorou muito para a sequência receber sinal verde, mas Aja estava fora da parada. Olhei feio, mas, conforme as novidades começaram a chegar, eu me animei novamente. Bobo, eu? Imagina!

A história, desta vez, acontece em uma cidade vizinha onde a tragédia do primeiro filme se abateu. Acompanhamos Maddy, que não aprova as decisões de seu padrasto para os rumos de um parque aquático, onde ela, é dona de quase metade. Mas, não demora muito para Maddy perceber que piranhas estão aterrorizando os corajosos que se atrevem a nadar no lago e, segundo um especialista, elas teriam força suficiente para atravessar o metal, se quiserem. Correndo contra o tempo, Maddy tenta fechar o parque aquático, antes que piranhas pré-históricas e assassinas façam os banhistas de lanche. Para piorar a situação, o padrasto da garota decide puxar água direto do lago, para poupar dinheiro. Quem está a fim de ver a água ficando vermelha de novo?

DECEPÇÃO! Esta é a palavra que vem à minha cabeça quando eu penso no que acabei de assistir. Esta sequência tinha tudo para ser tão boa quanto o primeiro, mas simplesmente se deixou banalizar com um roteiro que exagera na paródia e efeitos visuais medianos. Eu nunca fiquei tão decepcionado! Espera uma grande sequência e acabei recebendo... isso.

O grande defeito é o roteiro, que nos traz as situações mais ridículas possíveis. Se no primeiro, eles pegavam uma situação tensa para fazer graça (como os acidentes no meio do massacre no lago), neste, eles pegam uma situação bizarra para tornar ainda mais tosca. As participações especiais, tanto do Ving Rhames e do David Hasselhoff não têm o menor impacto, principalmente o primeiro, que é um sobrevivente do filme original. Eles mal aparecem e, na maioria das vezes, em cenas completamente descartáveis. Pelo menos eu pude rir um pouco quando o personagem do Hasselhoff começou a correr em câmera lenta (!) para salvar alguém (!!) e teve que parar para descansar (!!!). Agora me digam, essa cena parece ou não ter saído da franquia Todo Mundo em Pânico?

Mas, pelo menos o filme consegue se segurar na maioria do tempo. A qualidade só cai mesmo, no terceiro ato, que é, justamente, quando a qualidade deveria subir. Eu fiquei o tempo inteiro esperando pelo grande massacre no parque aquático, mas não recebi nem 20% do que eu estava esperando. Quase não apareceram piranhas e, em geral, só dava para ver as pessoas gritando no RASO (!!!!!), sem sair do lugar. E não teve nenhuma desculpa para as pessoas entrarem na água, muito menos permanecer nela. Porque os "heróis" não jogaram cordas, macarrões ou até mesmo pegaram nas mãos das vítimas ao invés de se jogar na água?

E, claro, não podemos esquecer que as piranhas estão super educadas. Elas esperavam você gritar, nadar e fazer malabarismo antes de pensar em te morder. Por diversas vezes, vários personagens caíram na água infestada de piranhas e não houve nem sequer uma mordida (oi?). E, mais uma vez, se compararmos com o primeiro filme, os efeitos deste são ridículos. Não são todas as cenas, mas temos efeitos em CGI bem ruins, sem contar as piranhas de plástico/látex tentando morder as pessoas. Depois as pessoas reclamam dos efeitos computadorizados, mas eles são bem melhores do que essas piranhas de borracha usadas na maior parte do tipo.

Bem, apesar de ter falado mal a maior parte da crítica, temos alguns momentos interessantes, como a perseguição frenética das piranhas contra duas garotas em um cais. A cena é ágil e o desfecho surpreende, além de assustar. Além disso, temos mais uma cena envolvendo um pênis. Claro que desta vez tivemos um exagerado bem maior, porém, não deixou de ser divertida.

E, para fechar o filme com uma chave enferrujada, temos praticamente o mesmo final que o anterior, mas com um detalhe diferente muito, MUITO idiota. Mostrando que será impossível ter uma nova sequência depois disso. Bem, eu recomendo, porque não é um filme RUIM, mas já vou avisando que é extremamente decepcionante. Ah, mas se tem uma coisa que vocês terão de sobra.. São peitos de fora. Acrediem, peitos - de todos os tamanhos - te acompanharam durante todos os minutos. Pelo menos com esta crítica, vocês irão ver com suas expectativas bem baixas, então, talvez, possam se divertir mais do que eu. Boa sorte e tirem os seus pés da água!

Trailer Legendado: