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[Crítica] True Blood - 6x02: The Sun


Na ascensão do sangue, dois se tornarão um.

Review:
(Spoilers Abaixo) 

Depois de dois anos consecutivos guiando vossas almas pela cidade de Bon Temps, Nefferson resolveu tirar umas férias pra se dedicar aos filmes. E eu, como fã recém-criado de True Blood, resolvi ficar encarregado das Reviews até que ele resolva essa crise existencial. Não sei se vamos nos dar bem por aqui, mas acho que, de certa forma, nós compartilhamos o mesmo ponto de vista: True Blood é a melhor série de vampiros da atualidade e uma das mais fieis a mitologia original das criaturas da noite.

Atrasos a parte, preciso dizer que estou gostando bastante desse início de temporada. Não há o tom apocalíptico que nos prometeram na divulgação, mas não é qualquer série que mantém a qualidade após cinco temporadas. Este episódio, no entanto, me pareceu bem morno em relação à premiere. Talvez porque eu assisti com os olhos quase fechando de tanto sono, ou pelo som alto do vizinho ter estragado o momento. Mas isso só vamos saber quando avaliarmos todos os fatos.

Vamos começar com a guerra que o estado de Louisiana declarou aos vampiros. Quer dizer, que guerra? A extinção dos vampiros, apesar de estar sendo precedida, está rolando apenas debaixo dos panos. Principalmente quando se trata do governador, que tanto anseia pela morte dos vampiros quanto pelo lucro dos produtos oferecidos a eles. Pra acabar com isso de vez, Eric foi disfarçado até seu gabinete para hipnotiza-lo, mas teve uma surpresa. Além dos humanos terem fabricado balas que emitem raios ultravioleta – que podem tostar os vampiros de dentro pra fora -, foram criadas lentes de contato especiais para impedir a hipnose. Com todo o perdão da palavra, os vampiros estão completamente fodidos.

Como Eric não conseguiu nada do governador – e até foi trollado lindamente – ele decidiu atacar o elo mais fraco. Esperou a filha dele ir dormir e tirar suas lentes de contato para hipnotiza-la. Essa foi a ultima cena do Eric no episódio, então não dá pra saber o que aconteceu a seguir. Mas como estamos falando de True Blood, com certeza ele e ela fizeram sexo selvagem antes dele realizar seu propósito. Talvez ele a transforme em vampira, quem sabe? Agora que a carência da Pam está lhe transformando numa vampira pé no saco, seria bom ter uma fiel seguidora que pela primeira vez, fizesse tudo o que ele manda.
Já Billith, a diva do sangue e da carnificina, passou o episódio inteiro em estado de transe conversando com a versão limpa e bem vestida da primeira vampira. Ela disse coisas sem sentido como “Algo está começando”, explicou que nem mesmo ela poderia ser um Deus, mas enfim. Ela aparece de maneira enigmática desde a quinta temporada e isso não me incomoda. O que me incomoda de verdade é essa onipotência involuntária do Bill, que o faz ser capaz de coisas inimagináveis. Na cena da profissional do sangue, por exemplo. Ele fez ela dançar o Harlem Shake no meio da sala e depois sugou o sangue dela a distância usando sua boquinha homicida. Alguém deveria avisar a esses roteiristas que isso aqui não é Evil Dead.


E quem mais sofreu com tudo isso? É claro, a coitada da Jess.  Ficou chorando e servindo de babá pro Bill o episódio inteiro mesmo sabendo que o homem sentado ali podia não ser mais o seu criador. Mas nada se compara a cena em que ela faz uma oração pra ele. Ok, foi patético acreditar que Bill poderia ser mesmo um Deus capaz de mudar o mundo, mas sua oração tinha um significado mais profundo. Ela não estava reverenciando um novo Deus, ela só estava desesperada, louca pra se agarrar em qualquer coisa que pudesse lhe dar esperança. E se precisava mesmo acreditar que as coisas iriam melhorar orando para o Bill, ela realmente fez a coisa certa.



Em paralelo a tudo isso, Jason descobria que havia pegado carona com seu avô fada, que estava tentando proteger ele e Sookie do vampiro que matou seus pais. O problema é que Warlow talvez seja o vampiro mais velho que ainda vive, tendo até sido mencionado na bíblia dos vampiros. Então, o único jeito de um avô fada impedir que sua neta prometida seja assassinada com o que restou da família é abrindo um acampamento de treinamento para entes queridos da luz. Não, é brincadeira, o treinamento é a domicílio mesmo. Sookie só precisa aprender a canalizar sua luz em uma bola de energia para criar uma supernova capaz de destruir qualquer vampiro que a toque. Parece fácil, mas no quesito fada madrinha, Sookie não é uma das melhores.



Já que ainda falta muita coisa a ser comentada, vou fazer um pequeno resumo neste ultimo parágrafo. Junto de sua biscate numero dois e sua ex sogra, Alcide deu uma surra em Sam e roubou a filha da Luna pra morar com a matilha. Agora que é Alfa ta se achando o fodão, mas essa festa não vai durar muito tempo não. As filhas de Andy cresceram – Espera, são todas meninas? - e ele está prestes a deixa-las no meio do mato de tanto que o enlouquecem. Sam conheceu uma ativista que estava de passagem em seu bar, mas a mulher não queria uma bebida, queria fazê-lo revelar ao mundo a existência dos Transformistas. Digo, Transformers. God damn it! T-R-A-N-S-M-O-R-F-O-S. Bem, o importante é que ele não aceitou... Por enquanto. Quem sabe aí esteja a solução pra recuperar a filhinha da Luna antes que seja corrompida pela matilha.



Fangs On:



- Sookie e aquele garoto fada que encontrou ferido vão ter um romance? Porque essa lista ta crescendo, viu... Vai que ele é um primo fada perdido e a família não aprove a relação.



- Na ultima cena, Bill teve uma visão com todos eles presos em uma sala branca e sendo carbonizados por uma intensa luz ultravioleta. É claro que isso não vai acontecer de verdade, mas sei que vai haver um alvoroço e talvez alguns dos nossos vampiros favoritos não consigam sobreviver. É realmente uma pena. Não estou preparado pra ver a Jess e o Erica queimando, e vocês? 

- Será que a bíblia dos vampiros realmente foi mal traduzida ou devemos levar Lilith ao sol?
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