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[Crítica] Glee - 4x15: Girls (And Boys) On Film

Faltou drama. 

Review:
(Spoilers Abaixo)

Nunca pensei que fosse falar isso, mas sinto que está faltando dramas bons nessa temporada, falta dar plots pros personagens. Falta acontecer alguma coisa. Parando pra pensar criticamente, o que realmente aconteceu de importante pros personagens esse ano? Exatamente, podemos resumir todos os fatos que ocorreram com os personagens em um parágrafo e acho que isso é o que vinha me incomodando, Glee se tornou um procedural evidente. Sim, eu sei que a série já tinha essa pegada de "um ~caso~ por semana", mas nessa quarta temporada, isso está saltando aos olhos. 

Na primeira e terceira temporada tínhamos uma regularidade narrativa em que sempre acontecia algo de importante pra trama em geral, nessa temporada, por melhores que os episódio estejam sendo, falta acontecer alguma coisa que sambe na nossa cara. Saudades Santana assumindo a sexualidade, saudades Quinn grávida, saudades Quinn cadeirante, saudades Rachel e Finn querendo casar, saudades brigas, saudades troca-troca de casais...Saudades elenco antigo. É, nem preciso dizer que a melhor parte do "Girls (And Boys) On Film" ficou justamente por conta dos personagens antigos. 

Emma, Will, Finn, Rachel, Santana (e Kurt?), salvaram esse episódio de se tornar algo dispensável pra série. Estou torcendo pros boatos de que ano que vem o foco narrativo vá voltar pro elenco antigo. Bom, então vamos começar justamente por eles, o quase triângulo amoroso mais polêmico que mamilos, Will-Emma-Finn.  

Que serenata legal, seria uma pena se...alguém jogasse um balde de água em você.

Gostei muito do jeito que deram continuidade pra história do "apenas abandonado no altar" - agora que parei pra pensar, casamento nessa série nunca dá certo, né? Acho desnecessário quando os personagens adultos tomam atitudes imaturas e agem como adolescentes que sequer perderam a virgindade. Will mostrou que mesmo depois de ser deixado no altar, ele não perde a pose, fez algo que eu também teria feito e deu um espaço pra Emma. Agora, como não amar a sequência inicial entre ela e o Will? Amando demais a Jayma Mays.

Agora, coitadinho do Finn, né? O esforço dele pra aliviar sua consciência foi engraçado de acompanhar, ele só parou quando descobriu onde a Emma estava e arrastou o Mr.Schester pra lá. Achei bacana, mas a gente sabe que consciência is a bitch, e só isso não bastaria, adorei a cena dele contando que tinha dado um selinho na esposa do seu melhor amigo. Até porque, essa amizade é uma delicinha de se acompanhar e super comum, um homem de 40 e outro de 19 (interpretado por um de 30). Até parece roteiro de filme homossexual, né? Enfim, voltando, foi uma das melhores cenas entre os dois, e esperando ansioso pra ver eles se enfrentando no próximo episódio ao som de boybands. 

Enquanto isso, em Nova York, Santana mostrou que realmente veio pra dar um super upgrade nesse núcleo. Quão gostoso foi ver ela destilando veneno por todos os lados e sendo aquela bitch sarcástica (sem ser megaevil) que tanto amamos? Pois é. Ainda mais quando ela vem com a sacada genial de que o Brody é um traficante, prefiro a teoria de que ele seja um garoto de programa, mas acho que a série não tem tanta ousadia. Agora a cena final entre ela e a Rachel foi uma das mais fofas do episódio, aliás, a Lea quando quer, mostra que é uma excelente atriz. Dava pra perceber a tensão da personagem exalando pra fora da tela durante todo o episódio, e no final quando ela começa a chorar, quis chorar junto. Ainda bem que Santana estava lá pra dizer que tudo vai ficar bem, mesmo a gente sabendo que não vai. 

Já o plot de Kurt foi bom simplesmente por um motivo, Adam. Não tem como não se derreter por aquele sotaque britânico, e aquela perfeição toda. Não sei como dizem que a melosidade de Klaine é legal, acho insuportável Blaine e Kurt juntos e achei péssima Come What May, de longe, a performance mais fraquinha e desconexa do episódio. Mais fofo ver que Adam vai continuar investindo no Kurt, vamos ver no que isso vai dar, espero que role pelo menos uma cena shirtless dele. Brincadeira, acho o personagem interessante e gostaria de ver um pouco mais dele e do clube de coral de underdogs nível acadêmico.


Voltando pra Ohio, tivemos uma competição bem sem sal de boys vs girls, o que já está se tornando repetitivo. Parece que o único jeito desse pessoal novo cantar é colocando eles pra se enfrentarem, o que rende até que boas apresentações, mas no final, não rendeu em nada pra temporada em si. Sinto um pouco de falta das apresentações fodas da Santana e da Mercedes e dos solos pelos corredores da Rachel. E sinto falta dos duetos mistos também, a maioria dos duetos tem sido mulher x mulher, homem x homem. Tipo, Crazy/You Drive Me Crazy, do 4x02 (um dos melhores episódios da temporada, aliás). E não, eu não estou contando aqueles que tiveram entre Sam ou Blaine feat Brittany, já que todos foram bem fracos. 

Voltando, já disse e vou repetir, a fórmula de triângulo amoroso teen não está mais dando pra engolir. Está óbvio pro público que a Marley tem que ficar com o Ryder. Não sei pra quê insistir no drama entre ela e o Jake, aposto que na hora de Unchained Melody, todo mundo preferiu a parte da pegação entre ela e o Ryder. Aliás, é visível a química entre os dois. Já quando a Boba Marley está com o Jake, tudo que vejo são as caretas de desconfortável que ela faz.

Apesar de tudo, mesmo não tendo me agradado em alguns momentos, no final, o balanço do episódio é positivo. E isso vem acontecendo durante toda a temporada, mesmo que um personagem, um plot ou uma temática não te agrade, os episódios ainda sim conseguem ser bons e nos proporcionar uma diversão que vai além das polêmicas em que a série se envolve. Agora é fazer como a Santana e dar uma cheiradinha enquanto o próximo episódio não chega...

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