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[Crítica] The Thompsons


Direção: Mitchell Altieri & Phil Flores
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 87 minutos
Título no Brasil: ---

Crítica:

The Hamiltons are back for another taste.

Quando vocês pensam que podem confiar nos seus vizinhos novamente, a família mais assassina da região muda para a sua rua. Isso mesmo! Os Hamiltons estão de volta. Ou melhor, os Thompsons. Apesar de aparentemente não fazer menção a um filme anterior, esta é uma sequência ao filme vampiresco de baixo orçamento, The Hamiltons, de 2006, exibido no Horrorfest e lançado no Brasil como Anjos da Morte. A minha maior curiosidade é saber como ficará o título nacional desta sequência. Espero muito que a distribuidora que decidir lançá-lo em território nacional respeite o título (mesmo que seja horrível) dado ao primeiro filme e nomeie a sequência de Anjos da Morte 2. Mas como todos sabemos, tudo pode acontecer, então é melhor não contar com o bom senso.

A história volta a seguir a família do filme original, basicamente logo depois do seu término. Com o pé na estrada, procurando por um novo lugar para se estabelecer e esquecer os eventos que aconteceram no primeiro filme, os Hamiltons param em um posto de gasolina, para abastecer e descansarem um pouco da viagem. No entanto, o membro mais novo da família é tragicamente atingido por um tiro em um local muito delicado. Logo, os Hamiltons perdem o controle e matam a todos. Possuídos pela sede de vingança, eles nem perceberam que haviam sido filmados. Agora, sendo procurados pela polícia, eles partem para a Europa, na esperança de encontrar outros de sua espécie, que possam ajudar a curar o garoto baleado. Mas quão confiável um vampiro desconhecido pode ser?

Estava ansioso para ver esta sequência. Gostei do primeiro filme, apesar de não o considerar nenhum clássico, mas foi interessante o bastante para que eu quisesse acompanhar um pouco mais dessa proposta nova a respeito dos vampiros. E apesar de não ter comovido multidões, o primeiro filme conseguiu causar uma boa impressão por aqueles que o assistiram, o que acabou resultando nesta sequência. A primeira coisa a se destacar, é que a qualidade técnica desta segunda parte está muito superior a anterior. Temos uma fotografia muito melhor, com belas paisagens verdes. E até mesmo os atores, que continuam os mesmos, estão com uma aparência renovada, bem mais bonitos.

Infelizmente, nem tudo são flores. Esta sequência caiu no erro que a maioria das sequências cometem. Exagerar. Não estou dizendo que esta segunda parte não poderia acrescentar em nada, afinal, é exatamente o que esperamos de uma sequência. E a ideia da família protagonista procurar por seus semelhantes poderia ter rendido um plot muito melhor do que foi apresentado. Duas famílias em guerra pelo controle da espécie? Daria um ótimo filme, com muitas cenas violentas. Mas parece que tudo o que os diretores sabiamente ocultaram no filme anterior, eles fizeram questão de mostrar agora. Temos sangue em profusão jorrando na tela (sendo uma parte considerável dele feita em CGI).

Os efeitos visuais também foram usados cansativamente no rosto dos personagens, para dar a ideia de uma transformação mais monstruosa. O resultado foi uma completa descaracterização da mitologia apresentada no filme original. Enquanto o narrador insiste em dizer que ele não é diferente dos outros seres humanos, que tem apenas uma "doença", suas palavras são engolidas por vampiros fortes e super rápidos, que conseguem rasgar uns aos outros com suas próprias unhas. Sem contar os seus olhos, que ficam avermelhados, algo que remete as velhas produções desse estilo. Muitos irão detestar essa sequência justamente por causa desse exagero apresentado. É tão diferente da proposta original, que será difícil ser aceito pelos que esperavam algo mais linear.

Pelo menos temos uma trama interessante, que envolve o romance de um personagem, o mesmo que tentou a mesma coisa no primeiro filme. Mas dessa vez ele está mais preparado e ciente do que é. Acho que a relação deles funcionou nesta sequência, superando infinitamente essa subtrama do primeiro. Em contrapartida, a atuação de alguns personagens (como a do vilão mor) foi muito fraca. Os diretores também não conseguiram passar a emoção que as cenas mais frenéticas deveriam ter, deixando claro que eles não deveriam ter deixado o ritmo lento do primeiro filme de lado. Enfim, apesar do texto ter ficado com um tom bem negativo, eu me diverti com esta sequência, apesar de ser totalmente o oposto do que eu esperava. Não supera o original, mas ainda fica na média.



Trailer:

Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário:

  1. vanessa vasconcelos reznor15 de novembro de 2012 às 22:06

    só de ver o trailer já deu pra perceber todo o exagero desse filme,que pena....

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