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[Crítica] Gritos do Além


Direção: Steven C. Miller
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 90 minutos
Título original: Scream of the Banshee

» Será distribuído pela Califórnia Filmes, direto em DVD, com o título Gritos do Além. Será que os tradutores não entenderam? Os gritos são da Banshee, não do além. Enfim, é clichê, é ruim, mas poderia ter sido muito pior.

Crítica:

Ela foi silenciada por milhares de anos.

E isso aí, pessoal! Estão preparados para mais uma dose dupla de After Dark Originals? Para refrescar a memória dos esquecidos ou aqueles que ainda não estão sabendo, estou falando de um festival anual que promove oito filmes de terror. O lançamento em DVD ocorre de dois em dois e esta é a terceira rodada. Por enquanto já saíram Husk e Prowl, na primeira leva, e Seconds Apart e Semente do Mal., na segunda. Nesta rodada, teremos o prazer de acompanhar Scream of the Banshee e The Task. Prontos para gritar?

A história acompanha uma professora que encontra uma caixa misteriosa. Curiosa, ela e alguns outros alunos, a abrem, libertando um poder maléfico que sobreviveu através dos tempos. Agora, o grupo terá que unir forças para derrotar a Banshee, antes que seus gritos sejam licenciados para sempre. Para ajudá-los, eles procuram por um professor aposentado, que talvez entenda um pouco mais sobre a lenda. Mas será que ele é digno de confiança?

De acordo com a mitologia, Banshee é uma espécie de fada sinistra. Tem origem Irlandesa e sua presença é associada a morte. Conta a lenda que, quando uma pessoa ouve o grito da Banshee, sabe que seu fim está próximo. Os registros ainda contam que cada grito era um dia de vida e, se apenas um grito fosse ouvido, naquela mesma noite estaria morto. Esse detalhe foi descartado no roteiro do filme, sendo que não importa a quantidade de gritos, a morte pode acontecer a qualquer momento.

Bem, eu acho super interessante este negócio de lenda antiga, mas o roteiro não soube aproveitar bem isso. As cenas no começo do filme, que se passam em outro século e mostram como a Banshee acabou presa, são esquisitas e mal dirigidas. Eu também não gostei da fotografia que o diretor escolheu para representar o passado. Mas possivelmente, o maior erro do filme é o descuido da parte técnica. Existem muitas sequências de sonhos e cenas que necessitavam de uma atenção especial quanto aos efeitos visuais. Os efeitos não são péssimos, mas o diretor poderia ter usado soluções mais criativas, que não necessitassem deles.

As mortes também não ajudam. Não há perseguições e a Banshee não faz nada, a não ser dar uns gritinhos. Mas também, de acordo com o roteiro, ela só pode matar quando sua vítima gritar. Eu até achei a idéia interessante, bem parecida com Gritos Mortais, mas a burrice dos espectadores estraga a idéia. Se não pode gritar, porque eles não calam aquelas bocas? É impressionante, quase como se eles estivessem pedindo para morrer.

O que salva mesmo neste filme são as sequências de pesadelos. Destaco uma em que uma garota é puxada para debaixo da cama e litros de sangue caem direto no rosto dela. Achei nojento e criativo. O clímax também legal, numa casa sinistra cheio de manequins. Poderia ter sido assustador se o diretor tivesse explorado o ambiente. Outra coisa desperdiçada foi a história de amor presente na história, apesar de estar um pouco fora de foco, conseguiu passar um sentimento verdadeiro.

Scream of the Banshee definitivamente não é o melhor filme do festival deste ano, mas se serve de consolo, ele também não é o pior (Semente do Mal está aí para isso) e tem seus bons momentos. Eu diria que ele é mediano, extremamente irregular. Só recomendo se não tiver nada para fazer ou assistir. Pode até servir como diversão passageira, mas logo vai ser esquecido. Será que The Task vai levantar a qualidade do festival? Nota 6,5.

Trailer:

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