[Crítica] Santuário

Direção: Alister Grierson
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 109 minutos
Título original: Sanctum

Crítica:

A única saída é para baixo.

Em todos os posters de divulgação e trailers, o nome que se destacava era "James Cameron". Isso não é ruim, até porque ele é o criador de dois fenômenos de bilheteria ("Titanic" e o recente "Avatar"). Então, nos leva a crer que ele não produziria um filme qualquer. Botando todas as informações na balança, fui feliz da vida para o cinema, em 3D.

No filme, um grupo de pesquisadores aventureiros (?) estão explorando uma enorme caverna, que se estende por milhares de outras cavernas e túneis, muitas vezes submersos. Quando uma tempestade vira um ciclone natural e a passagem para a superfície é fechada, o grupo terá que lidar com a situação mergulhando em um labirinto de túneis, nunca antes explorados pelo ser humano, enquanto toneladas de água inundam os pontos ainda secos do lugar.

Parece tenso, certo? E é. É o filme mais angustiante desse subgênero de cavernas, que tem ótimos representantes como "Abismo do Medo" e "A Caverna". Mas diferentes deles, "Santuário" não trás nenhum predador devorando pessoas. Nele, os personagens vão morrendo 'sozinhos'. Afinal, o ser humano não é perfeito, ele erra. E como disse um dos personagens, erros em um local mortal como aquele é fatal.

Acho que o 3D influiu bastante para elevar o nível de tensão do filme. Se você quer que algo venha em direção ao seu rosto a cada dois minutos, espere até a estréia de "Premonição 5". Em "Santuário", nada sai da tela. Muito pelo contrário, o 3D serve para aprofundar o cenário dentro da tela, o que aumenta a sensação de claustrofobia. Outro aviso são pelas mortes, apesar de serem tão angustiantes que fazem o espectador se encolher na cadeira, não são gráficas. É tudo muito psicológico (apesar de terem algumas boas cenas de 'horror').

Outro mérito do filme é com os personagens. Em determinado momento, ficam apenas quatro pessoas vivas, e quando elas começam a morrer surpreende pela ordem, geralmente diferente em outros filmes do mesmo estilo. E sem contar a relação pai e filho, que apesar de soar um pouco clichê, é muito bem trabalhada e me fez gostar do personagem mais velho (que antes eu odiava, coisa rara de acontecer em um filme).

O final é bem triste, mas era o desfecho esperado. Quando não temos bichos assassinos, o ser humano sempre tem que mostrar que pode substituir um perfeitamente. E neste filme não é diferente. Uma pena que já as consequências foram trágicas.

Recomendo! Ótimo filme, adrenalina nervosa do começo ao fim. Se possível vejam em 3D para aumentar a experiência. A fotografia é linda, apesar de em certos momentos ser escuro. Destaque a cena das águas "trituradoras". OBS: Eu quero um cordão daquele, se alguém quiser me dar...estou aceitando. Nota 10,0.

Trailer Legendado: