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[Livro] The Double Me - 2x05: If You Love Me, Why Am I Gone? [+18]


Previously on The Double Me...  
Hamptons, Nova York. Foi lá que tudo começou.

Nate tinha apenas 15 anos quando foi traído pelos amigos e exilado da cidade para evitar os escândalos de sua vida secreta com o namorado. Eles pensaram que a guerra havia acabado, mas este era apenas o começo.

Nos três anos que sucederam sua trágica perda, Nate transformou-se em um cruel vingador, capaz de perder a si mesmo dentro do próprio ódio para derrubar todos aqueles que lhe fizeram mal. A chegada repentina de seu irmão gêmeo pode ter mudado seus planos, mas nada irá impedi-lo de concluir seus objetivos. No final, será olho por olho. E dente por dente.

A estrada até aqui deixou muitos assuntos inacabados. Com ajuda de Andy, Nate conseguiu armar um plano para Justin sofrer a overdose que lhe asseguraria um lugar especial dentro de qualquer clínica de reabilitação fora do país. Seu próximo passo seria aproveitar o afastamento entre Jensen e Alex para dar o bote, mas nem tudo saiu como o esperado, e as consequências de todos os sentimentos que guardara durante anos estão prestes a vir a tona. Quem vive, quem morre, quem vai ao topo e quem vai a falência, é apenas uma questão de tempo até descobrirmos.

2x05: If You Love Me, Why Am I Gone?
“A consciência será a sua maior inimiga... Até o final”.


— Gwen, você não me deu alternativa! — Gritou Judit ao celular enquanto caminhava de um lado para o outro.

Deitado em sua cama, há alguns quartos de distância, Alex precisou aumentar o volume de seu fone de ouvido para impedir que a briga entre Judit e Gwen chegasse a si. Judit e a filha estavam há meia hora trocando insultos pelo celular; que no final, contribuíam apenas para que a paz não fosse estabelecida dentro da mansão Strauss. Pelo que Alex entendera, Gwen tinha acabado de ter seus cartões de crédito cancelados e Judit relutava para convencê-la a voltar para casa, onde seus gastos nunca tiveram limites.

Um suspiro de alívio — e descontentamento — tomou conta de Alex quando os gritos cessaram. Segundos depois, ele ouviu o barulho de uma porta sendo escancarada, seguido pelo curioso tom de voz de Simon.

— O que está acontecendo? — Ele perguntou.

— Gwen está acontecendo. — Judit parecia ainda mais alterada. — Eu não sei mais o que fazer!

— Ela precisa de tempo para processar tudo o que aconteceu. Judit, fique cal...

— Não posso falar agora, preciso ir à casa de Amber. — Após interrompê-lo, Judit passou pela porta cheia de fúria, o barulho de seus saltos importados ecoando pelo corredor.

Alex suspirou novamente. Podia mesmo rezingar sobre a família disfuncional que lhe foi atribuída sendo namorado de Jensen McPhee? Depois de todas as mentiras e tudo o que passara com sua mãe adotiva, gostar de garotos não parecia mais um crime inafiançável. E nunca pareceria enquanto as pessoas importantes para ele continuassem a mentir. Era a melhor maneira de se proteger dos destroços que as explosões familiares causavam. Porém, não havia maneira de ignorar o que estava acontecendo. Ele ainda precisava de um ombro amigo, alguém que lhe entendesse e lhe estendesse as mãos sempre que precisasse. Todos sempre disseram que seu irmão era o diabo em pessoa, e se fosse verdade, talvez deveria considerar um bom pacto para manter a calmaria.

Alex levantou-se da cama, imediatamente discando o número do irmão em seu celular e passando pela porta do quarto até o corredor. Quando deu o terceiro passo em direção a escada, ouviu uma musica conhecida tocando em um dos quartos. Porém, sua mente não lhe permitiu distingui-la com precisão. Só depois de alguns instantes que foi reconhecer o toque do celular do irmão vindo diretamente do seu quarto.

Então Nate estava em casa e não havia ido ao seu quarto? O que aconteceu com as conversas noturnas que sempre terminavam com um sorriso, um palavrão e um lembrete de que gêmeos precisam se unir? Era o que Alex planejava perguntar. Mas ao contrário do que sua intuição indicava, Nate não estava no quarto. Quando adentrou, viu apenas sua carteira, as chaves de seu carro, o celular ainda tocando e um bilhete bege em cima do travesseiro.

A princípio, Alex imaginou que o irmão precisou deixar suas coisas na cama para que pudesse tomar um banho. O único problema nessa teoria era a porta escancarada do seu banheiro mostrando claramente que não havia ninguém lá dentro.

Ao finalizar a chamada para que o celular de Nate parasse de tocar, Alex marchou até a cama e pegou o bilhete. Sem fazer cerimônias, ele o abriu e começou a ler o que estava escrito. Era a letra de Nate, ele reconheceria em qualquer lugar. E o bilhete dizia:

“Prefiro não ser Nathaniel Strauss a ter que machucar meu próprio irmão. Sinto muito, Alex”.

Em milésimos de segundos Alex já não podia mais ser o mesmo. O cérebro tentava encontrar uma explicação racional para o que acabara de ler, mas o coração, sempre tão prosaico, lhe dizia que sua intuição estava certa. Não era um pressentimento comum como as pessoas costumavam dizer. E nem uma simples preocupação rotineira. Nate estava prestes a sair da sua vida, e talvez ele e seus sentimentos confusos fossem os verdadeiros culpados.

Alex correu até o banheiro e abriu a porta com força, mas o irmão não estava lá. Logo em seguida, ele correu para o andar de baixo. Judit e Lydia estavam conversando no sofá enquanto Simon caminhava na direção delas com um copo de whisky nas mãos. Os três perceberam que o garoto estava assustado e voltaram a atenção para ele.

— Algo aconteceu? — Perguntou Judit.

— É o Nate. Eu acho que ele vai tentar se matar.

— O que? — Judit imediatamente sentiu a pressão baixar. Poderia ser uma brincadeira, poderia ser um engano, poderia ser apenas uma suposição, mas seu amor de mãe era intenso demais para que pudesse pensar com clareza.

— Ele deixou isso. — Alex estendeu o bilhete para o pai, que manteve o olhar curioso durante a leitura inteira.

— Vamos ligar pra ele. — Simon correu até o telefone.

— Não dá. Ele deixou o celular, os documentos, cartões de crédito, as chaves do carro. Tudo.

— Não pode ser verdade... — Judit arrancou o bilhete das mãos do marido. Somando o que pôde ler com os próprios olhos ao histórico do filho, não poderia chegar a outra conclusão: Uma tragédia estava prestes a acontecer.

— As roupas. — Alex fitou o nada por alguns segundos e depois subiu correndo. Judit e Simon, mesmo sem entender, correram atrás dele.

O garoto entrou no quarto do irmão e correu até o closet, era exatamente o que esperava. Suas melhores roupas não estavam ali, assim como uma de suas malas. Então, ele não iria se suicidar, iria fugir. Mas até onde poderia chegar sem seu carro e sem dinheiro? Como conseguiria sair da cidade sem seus documentos e seus cartões de crédito? E seu irmão? Será que não sabia que sua ausência criaria um buraco em seu peito? Claro que sabia. E pensar que nem isso conseguiu impedi-lo magoava Alex mais do que qualquer um poderia imaginar. A não ser que estivesse equivocado sobre sua fuga.

E se Nate desistiu de sua vingança para recomeçar em outro lugar? Seria certo lhe procurar? Era certo impedir uma pessoa de se redimir consigo mesma só porque iria deixar saudade?

Calma Alex, respire fundo. — Ele repetiu para si mesmo em pensamento. O mais importante era encontra-lo e confortar o coração de sua família.

— Ele fugiu. — Alex virou para fazer sua suposição. Encarar os olhos cheios de lágrimas da mãe deixava tudo mais difícil. — A gente precisa encontrá-lo.

— Não precisamos não. — Lydia escorou-se na porta do quarto e olhou para Judit, Simon e Alex ainda próximos ao closet. — Como vocês podem ter certeza que isso não é uma armação e que vocês não estão caindo em mais uma armadilha de Nathaniel Strauss?

— Ele é meu filho! — Judit não suportava a ideia de perdê-lo.

— Sim, aquele que você abriu mão só porque se apaixonou por um garoto. Guarde suas lágrimas, querida.

— Até quando...? — Judit deu dois passos a frente, preparada para fazer um escândalo. — Até quando todos vocês vão jogar isso na minha cara?

Alex ficou ainda mais revoltado. Como elas poderiam brigar no meio de um problema tão grave? Nate poderia estar nas ruas, sendo espancado, assaltado, ou fazendo qualquer coisa para mudar quem ele realmente é. Definitivamente era o pior momento para trazer aquele drama à tona.

— Parem, por favor. — Pediu ele — Temos que fazer alguma coisa.

— Eu vou chamar a policia! — Simon tirou o celular do bolso. Estava discando o número da polícia quando Alex o interrompeu.

— Não é uma boa ideia, a informação pode vazar para os tabloides. Precisamos encontra-lo por conta própria.

— Então, Alex. — Lydia lançou um olhar intimidador na direção do garoto. — Você pode nos dizer como tem tanta certeza que isso tudo não é armação? Você conhece seu irmão, ele é capaz de tudo pra chamar atenção e conseguir o que quer.

Alex abaixou a cabeça, se sentia responsável por tudo aquilo. Tudo começou na noite em que deixara Jensen McPhee se tornar alguém importante na sua vida e parecia que iria terminar com seu irmão longe para sempre. Não era uma troca justa. E por este motivo precisava mover montanhas para encontra-lo. Renunciar ao seu amor não seria um problema se isso trouxesse Nate de volta.

— Ele não faria isso comigo. — Sussurrou Alex. — Por isso ele fugiu.

— O que?

— Ele não fugiu dele mesmo, ele fugiu de mim. Não quer me fazer mal.

— O que isso significa? — Não era apenas Judit que estava curiosa. Lydia e Simon também esperavam que Alex esclarecesse as palavras enigmáticas que acabara de dizer.

— Eu amo Jensen McPhee. — Disse Alex, com convicção. — Mas ele amou primeiro.


Com vagarosas batidas, Nate chamou a atenção de Quentin do lado de dentro do quarto de hotel. Sabendo de quem se tratava, Quentin deixou a barba mal feita do jeito que estava e correu de volta pra sala, sem se preocupar em vestir uma camisa. Um sorriso estampava seu rosto no momento em que puxara a maçaneta, mas foi dissipado assim que notou que havia alguma coisa errada.

Nate estava parado no corredor, com as roupas molhadas, os olhos vermelhos e uma palidez de alguém que só poderia estar enfermo.

— Nate, o que aconteceu? — Quentin o observou rapidamente dos pés a cabeça. O garoto havia trocado suas roupas de grife do dia-a-dia por um suéter azul escuro dois números acima do seu e sapatos desgastados que provavelmente ficaram muito tempo no fundo do closet.

— Preciso da sua ajuda. — A voz de Nate soou como um simples sussurro.

— Entre. — Quentin se afastou para que o garoto pudesse passar.

Nate olhou para o apartamento por alguns instantes, e em seguida, sentou-se na cama com lençóis alaranjados. Jogou no chão a mochila cheia de roupas que tinha nas costas e se curvou, apoiando os cotovelos em cima dos joelhos e segurando a cabeça com as duas mãos. Ela estava latejando como se estivessem gritando ao seu redor.

Quentin não precisava de mais nada para concluir que algo grave tinha acontecido. Só precisava esperar Nate se sentir à vontade para falar, ou então, poderia invadir seu espaço.

— Eu preciso... — Sussurrou Nate. — Eu preciso daqueles documentos falsos que usamos em Madrid.

— Ok. Posso perguntar por quê?

— Eu vou precisar deles agora. Você pode pegar?

— Ok. — Quentin hesitou por um momento. — O que aconteceu, Nate?

— Isso é a porra de um interrogatório? Apenas me dê os documentos!

Quentin assentiu calado. Andou até sua gaveta e tirou de lá um embrulho alaranjado. Quando fechou a gaveta, caminhou de volta até Nate, inclinando o que havia pegado para lhe entregar. Pelo que Nate conseguiu enxergar quando o abriu rapidamente, estava tudo em ordem.

— Você vai fugir? — Finalmente Quentin havia tomado coragem para perguntar.

— Só por uns tempos. — Nate fechou o embrulho exatamente como estava.

— O que você fez?

Nate não estava com cabeça para pensar em responder uma pergunta tão estúpida. Apenas deu um ar de risos debochado e olhou para o outro lado. Vendo que precisava reconforta-lo, Quentin sentou ao seu lado na cama e tocou em sua mão. Não estava gelada como seu rosto pálido indicava. Estava quente, de uma maneira quase febril.

— Você não precisa fugir, pode ficar aqui comigo. Nate, eu te amo.

— Não é o bastante. — Nate fitou a porta. Queria que as palavras de Quentin fizessem alguma diferença.

— Desde quando?

— Desde que eu me tornei uma pessoa horrível. Eu preciso sair daqui...

— Fugir nunca é certo.

— Você não entende. — Nate fungou.

Quentin assentiu novamente. Após alguns instantes de silêncio, deslizou a mão pelo cabelo molhado de Nate, que agora já não era tão perfeito. Carinho, dinheiro, beleza e estima. Por que isso ainda não era o suficiente para impedir Nate de cair aos pedaços?

— Acho que tem algo errado comigo. — Nate fungou mais uma vez. Agora fitava o nada, apenas repassando para si mesmo tudo o que aconteceu. — Ele prefere meu irmão gêmeo a mim. Como isso é possível?

— Eu não sei. Mas é possível recomeçar.

— Eu não posso. — Nate o afastou. Qual era o propósito em estar com alguém que lhe desse valor se não era Jensen?

— O que eu preciso fazer pra você deixar tudo isso pra trás e me dar uma chance? — Quentin virou o rosto do garoto para lhe roubar um beijo.

Nate se sentiu completamente impotente em seus braços, como se estivesse cansado demais para impedir uma aproximação. E mesmo que fizesse alguma diferença, era o que precisava para esclarecer seus sentimentos.

Não havia duvidas de que Quentin era especial. Nenhum outro garoto que conhecera nos últimos anos se comparava a ele. E era exatamente o que deixava as coisas mais difíceis. Quisera Nate continuar seu plano sem se importar com os sentimentos de Quentin. Teria poupado uma grande parcela de dor se fosse dono de toda aquela frieza que demonstrava ter.

Quando o beijo terminou, eles aproximaram as testas e olharam um nos olhos do outro, sabendo que apenas um deles sentia que aquele momento poderia durar para sempre.

— Você não é ele. — Nate o beijou novamente. Dessa vez, durou apenas um segundo. — Você não faz ideia do quanto eu queria que fosse...

— Você não faz ideia do quanto eu te amo...

— Eu faço. Por isso estou indo embora. — Nate se levantou da cama e em poucos segundos chegou até a porta.

Quentin engoliu o choro e tentou olhar para todos os lados. Estava sentindo que se os olhos fixassem, as lágrimas iriam despejar.

Então, estava tudo acabado. Quentin temia que este dia chegasse todas as manhãs quando levantava da cama, mas não ganhou tempo para se preparar. Apesar de todas as coisas que viveram, Nate ainda tinha fôlego para dizer “adeus” como se dissesse “olá”. Ainda havia faíscas, mas nada do que Nate precisava para continuar sua jornada. Talvez devesse começar a entender o beijo de momentos atrás como uma verdadeira despedida, porque era exatamente o que os olhos de Nate estavam tentando lhe dizer.

— Eu larguei tudo por você. — Sussurrou Quentin. — Minha família, meus amigos, meu lar, meus objetivos. E agora estou me sentindo um verdadeiro estúpido. Mas se um dia você lembrar de mim e se perguntar se eu me arrependo de tudo o que eu fiz por você, quero que saiba que a resposta vai sempre ser “não”.

— É bom ouvir isso. Me desculpe. — Nate abriu a porta e saiu. Mais um segundo dentro daquele quarto e morreria por dentro completamente.

Quando a porta bateu, Quentin finalmente se sentiu livre para desabar o quanto quisesse. Suspiros, gemidos e lágrimas vieram juntos da ideia de nunca mais ter a chance de ver o amor da sua vida. Poderia existir, em qualquer realidade, algo mais devastador que isso? Não, não poderia.

Em meio ao barulho incessante dos próprios pensamentos intrusivos, ele ouviu o celular tocar. Sentiu uma vontade súbita de atirá-lo na parede, mas imaginar que Nate poderia estar ligando o fez atender sem hesitar.

Para sua surpresa, Alex era a pessoa que o aguardava do outro lado da linha.

— Quentin? Quentin Cavanaugh?

— Sou eu. — Quentin fungou.

— É Alex Bennett. Nate está com você?

— Nate? — Quentin hesitou para pensar. Se Alex não sabia o que Nate estava tentando fazer, talvez pudesse juntar-se a ele para impedi-lo. — Ele acabou de sair daqui.

— Ok, você sabe pra onde ele foi?

— Acho que ele vai sair da cidade...

— Não. — Alex suspirou. — Você pode alcança-lo? Ele não está bem, acho que pode fazer alguma loucura.

— Espera. — Quentin correu até a penteadeira do outro lado do quarto onde estava o notebook. — Vou checar o movimento dos seus cartões de crédito.

— Ele deixou todos aqui, não acho que os usou.

— Mas há uma chance. — Com a senha já gravada, Quentin conseguiu autorização para checar o movimento de todos os cartões de crédito que Nate possuía. Não havia nada que pudesse ajudar nos dois primeiros a não ser no terceiro, que mostrava que Nate havia comprado uma passagem de Trem para Boston há três horas. Era exatamente o que precisava. — Ele vai para Boston, o trem sai às vinte e três horas.

— Boston? Meu Deus. Obrigado! — Alex desligou imediatamente e logo discou o número de Jensen.

Sentados no sofá, Judit e Simon seguravam as mãos para que Alex conseguisse encontra-lo. Lydia, próxima a lareira, olhava para Alex sem poder disfarçar as expectativas. Talvez a família Strauss precisasse de uma lição para que pudessem perdoar uns aos outros. E era no desaparecimento de Nate que ela via uma oportunidade.

Os empregados ainda compartilhavam a mesma opinião negativa a respeito de Nathaniel Strauss, mas pareciam tão aflitos quanto seus patrões. Eles estavam ao redor dos móveis da sala, também olhando para Alex, e esperando que aquela história tivesse um final feliz.

Gwen também estava ao redor, completamente indiferente em relação ao desaparecimento do irmão. Afinal, este sempre foi seu objetivo. E se havia mesmo ido embora sem dinheiro, cartões de crédito, carro e pertences de valor, esperava que o pior não demorasse a acontecer.

— Jensen, aonde você está? — Gritou Alex no celular.

— Descendo o elevador com Jake, por quê?

— Nate está no metrô, ele vai para Boston. Me encontre lá. — Alex desligou e saiu correndo. — Peter, me leve até o metrô.

— Sim senhor. — Peter obedeceu imediatamente.

— Espero que o encontrem logo. — Valeska agarrou o colar oriental que carregava no pescoço. Apegar-se a própria religião era a única maneira de se absolver por todas as coisas ruins que havia pensado sobre Nate.

— Não adianta, ele não vai voltar. — Finalmente Gwen se pronunciou. — Nem mesmo se todos vocês continuarem fingindo que não o odeiam.

— Ele é um bom garoto, Senhorita Gwenett. — Defendeu Valeska. — Só precisa de ajuda.

— É melhor que ele esteja longe. Ou então vai destruir a todos nós.

— Destruir a todos nós ou a você mesma, Gwenett? — Lydia, que permaneceu no canto da sala o tempo inteiro, deu dois passos a frente quando sua insinuação conseguiu a atenção de todos. — Está com medo do que ele guardou para você?

— O que? — Judit olhou para Lydia e depois para Gwen, mas não conseguia entender.

— Gwenett, acho que você não contou à ninguém sobre a noite em que armou para Nate e ajudou a provocar o acidente de carro que lhe rendeu meses de invalidez.

— Sua imaginação continua a me surpreender, tia Lydia. — Gwen cruzou os braços e encarou Lydia com um sorriso vencedor, mas não conseguiu disfarçar a culpa no olhar. — A terceira idade realmente tem maravilhas a oferecer.

— Minha condição não muda o fato de você ter humilhado seu irmão para manda-lo embora. Você sempre quis a herança só para você, não é?

Lydia havia conseguido o que queria. Enquanto os empregados cochichavam e tiravam conclusões do que parecia ser a maior fofoca da família Strauss, Judit e Simon ligavam os pontos para compreender a história. Gwen foi a pessoa que revelou o romance entre Nate e Jensen. E a primeira a apoiar a ida do irmão à Paris. De repente, tudo fazia sentido.

— Isso é verdade? — Judit olhou no fundo de seus olhos.

— É claro que não! — Gwen se exaltou. — Você me conhece, eu nunca faria isso! Eu sou uma boa pessoa!

— Não perca seu tempo, Gwenett. Todos sabem que estou dizendo a verdade e que você não passa de um verme usurpador. Nate retornou para se vingar de todos aqueles que destruíram sua vida, e se me permitir aconselhá-la, tema o que ele guardou para você. Pois é a única coisa que pode fazer. 

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2x06: I Guess I See You In Hell (19 de Julho)
As consequenciais das decisões de Nate prometem levar todos ao limite. Espero que estejam aqui para enfrentá-las semanas que vem.

Bônus: Vocês pediram e o tio atende. Agora quero que conheçam a minha versão para Thayer Van Der Wall, o nadador presunçoso que tanto deu dor de cabeça para Nate. Não sei se é parecido com o que vocês imaginaram, mas este modelo se aproxima bastante do que imaginei enquanto escrevia o livro. Mais fotos serão postadas no decorrer dos capítulos, então nem precisa pedir de novo, hahahaha.
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