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[Crítica] The Blacklist - 1ª Temporada


Status: Renovada
Duração: 42 minutos
Nº de episódios: 22 episódios
Exibição: 2013-14
Emissora: NBC

Crítica:

Aberta a temporada de caça aos inimigos.

Eu nunca me atraí muito por este gênero de séries, dessas em que tudo se resolve em um único episódio. Que tanto faz se você assiste um ou dez episódios, você ainda vai ser capaz de acompanhar a história e não se sentirá perdido. Por isso quando eu ouvi falar de The Blacklist não me interessei muito. Mas o fato é que eu dei uma chance para a série, e gostei do que vi. Tanto que estou aqui vos escrevendo. Também não fui o único, ela conseguiu manter uma audiência estável e foi renovada para o segundo ano antes mesmo da primeira temporada terminar. Enfim, sem mais delongas, vamos ao que interessa.

Basicamente, a série gira em torno do Ryan Redington, vivido brilhantemente pelo ator James Spader, um dos criminosos mais procurados pelo FBI que nunca sequer conseguiu chegar perto de pegá-lo. Ocorre que um belo dia, meio que do nada, ele resolve se entregar. E, encurtando as coisas, esse "do nada" não foi tão do nada assim, e, ao se entregar, Redinton estabelece que só se comunicaria com o FBI por meio da agente Elizabeth Keen, ou Lizzie para os íntimos. É aí que se estabelece o ponto central da série, e o motivo pelo qual eu não parei de vê-la.

The Blacklist ainda vive de casos semanais, mas, ao contrário se séries como CSI, não apresenta apenas isso. Redinton e Lizzie têm uma história juntos. Eles têm um laço, e ela tenta descobrir de onde surgiu. Por que ele a quer preservar? É o motivo, que assim como ela não temos ideia do porquê disso, de continuarmos empenhados, episódio após episódio, a tentar descobrir. Aliado a isso tudo, os casos semanais mantém uma conexão, pertencem à lista negra que o protagonista se predispõe a entregar ao FBI, em troca da ajuda de que necessita, que de certa forma estão envolvidos com a trama central. Em suma, eles são apresentados e resolvidos, mas nem sempre são o foco principal, o movimento marginal, o porquê de ser aquelas pessoas as escolhidas da semana chega a ser mais importante. Além disso, sempre são figuras interessantes.

Ouso falar que até a Mid-Season Finale a série não possui defeitos, a história é bem desenvolvida, você se sente atraído, preso a tudo o que é apresentado, e Aslo Garrick - o episódio que marca essa pausa - é um dos melhores da temporada. Talvez melhor até do que a Season Finale. De fato, eu diria que ele foi melhor. Foi simplesmente visceral, e quando acabou, meu ar tinha acabado junto. Não quero com isso dizer que a segunda parte da história foi ruim. Claro que não, mas foi lenta em alguns pontos, principalmente no ponto central. Qual a relação de Ridington com a Lizzie?

Mas, se os mistérios envolvendo Redington e Lizzie ficaram devagar - quase parando -, os dela e do marido, Tom, foram desenvolvidos, e finalizados no decorrer da segunda parte da história. Apesar de gostar muito do casal, eu sempre a preferi com o Ressler. Apesar do jeito de durão, e da resistência que ele tem a ela na primeira parte da temporada, os dois têm muita química, então espero que isso seja desenvolvido em algum momento.

Enfim, em termos de Season Finale, fiquei desapontado por eles não revelarem o que o Ryan tem com a Lizzie, porque claramente isso já não é mais o ponto central da série, e ela não seria prejudicada com essa revelação. Muito pelo contrário, acho que ajudaria a história a crescer um pouco mais. Além disso, o grande vilão da série enfim mostra as caras, mas nós sequer sabíamos que ela realmente tinha um grande vilão, então sua aparição não foi nada instigante. Sem contar que ele não fez quase nada - não com as próprias mãos - durante a temporada. Gosto de gostar do vilão, ou gostar de odiá-lo. Isso não aconteceu. Finalizo dizendo que recomendo a série, apesar dos pesares ela vale muito a pena, e acredito que ainda terá muito a apresentar.
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