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[Crítica] Caçadores de Recompensa


Direção: Henry Saine
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 92 minutos
Título original: Bounty Killer

» Será distribuído pela Focus Filmes, direto em DVD, com o título Caçadores de Recompensa. A tradução literal foi uma surpresa! Esperava que eles lançassem este filme com um título super tosco, mas fico feliz ao ver que a distribuidora tomou uma decisão inteligente.

Crítica:

Apesar de adorar um bom filme ruim, confesso que já tinha perdido minhas esperanças com os últimos lançamentos. Desde Machete eu não via um filme cretino e violento que honrasse esse gênero tão controverso. Muitos tentaram, como Zombie Hunter, mas obviamente falharam - e miseravelmente, diga-se de passagem. Quando decidi dar uma chance a Bounty Killer, eu não tinha muitas expectativas. De fato, quase que eu apaguei esse filme sem assisti-lo. Mas uma voz do além me motivou, dizendo que se o filme não prestasse, eu sempre poderia vir ao blog e destrui-lo na minha crítica.

Na história, há vinte anos o mundo sofre com o domínio das grandes corporações sobre o governo, com a sua insaciável sede por lucros e poder, o que acabou causando uma guerra mundial. Conhecido como o “Corporate Wars“, este conflito mundial mudou para sempre a face da Terra. É no meio dos escombros desta escuridão aniquiladora que o Conselho das Nove Rosas nasceu. Seu único objetivo: localizar e eliminar todos os colarinhos brancos responsáveis, direta ou não, pela destruição do mundo. A era dos assassinos de recompensa começou, desde assassinos à sangue frio até amadores homicidas, todos estão se juntando na competição para acumular o maior número de corpos e recolher as suas merecidas recompensas. Seu objetivo compartilhado é erradicar o câncer conhecido como “Corporação“, a raiz desse apocalipse.

Guardem o seu rancor e levantem a placa do amor, minha gente. Bounty Killer consegue sim cumprir sua promessa e entrega até mesmo além daquilo que estávamos esperando. Temos os elementos para um bom filme ruim estão presentes por aqui. Temos tiroteios infinitos, conflitos corpo a corpo, mortes violentas, mortes mirabolantes e, o grande principal, a garota bonita com a arma grande. Eu basicamente não consigo me cansar dessa fórmula, que apesar de parecer uma combinação fácil, dificilmente conseguem acertá-la.

Devo avisar, porém, que esse filme não deve ser levado sequer um segundo a sério. Ele foi feito para a diversão e visa, principalmente, o público masculino. Além disso, exagera nos personagens posando de heróis, tornando-se uma paródia dos outros filmes do gênero que realmente se levam a sério. Mas nem tudo são pontos positivos, de fato. Há um par de cenas muito toscas, principalmente quando os personagens se aventuram em uma área devastada e escura. Os efeitos são bizarros. Mas, fora este momento, os efeitos visuais em geral são muito bem feitos.

Aliás, as mortes do filme estão bem feitas, porque a grande maioria não usa efeitos de computação gráfica. Destaco a briga dentro do trailer, que tem um desfecho surpreendente, sangrento e engraçado. O maior ponto positivo fica por conta da protagonista, Mary Death, interpretada pela maravilhosa Christian Pitre. A mulher consegue ser canastrona, perigosa e sexy como o inferno - exatamente aquilo que sua personagem necessitava. E o enredo ainda consegue acrescentar certa profundamente nela ao contar um pouco sobre o seu passado e parte do seu treinamento.

O enredo investe em um relacionamento entre o casal de protagonistas. Apesar de ser interessante no começo, logo se torna maçante. Nada que realmente estrague a diversão do filme - especialmente quando temos massacres acontecendo na tela -, mas que poderia ter ocupado menos espaço. Enfim, achei o filme muito divertido. Se esforça para agradar os espectadores e não está interessado em se levar a sério, o que acaba se tornando o seu maior trunfo. É triste ver um filme sem qualquer potencial que insiste em fingir que está fazendo algo relevante. Então apenas tirem os seus cérebros e aproveitem a sessão de mortes e cenas mirabolantes.


Trailer:

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