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[Crítica] Dexter - 8x01: A Beautiful Day (Season Premiere)

Profissionalmente autodestrutiva.

Review:
(Spoilers Abaixo) 

Iniciamos aqui mais um período clichê da história das séries de TV: O começo do fim. Depois de sete anos de estrada, Dexter terá sua história finalizada e só poderemos ver nosso serial killer preferido em ação nas reprises ou em DVD. Por um lado, fico triste em saber que estamos próximos a dar o adeus definitivo a um elenco e uma equipe tão talentosos como esses. Mas por outro, é impossível não ficar satisfeito com tudo o que Dexter nos mostrou até aqui. Se o cancelamento é a maneira que encontraram de finalizar a história de Dexter de maneira honrada, então ele será muito bem vindo.

Nesta premiere, vimos acontecer exatamente o que era previsto: Deb consumida pela auto destruição enquanto o irmão aproveita a tranquilidade que custou a vida de LaGuerta. Seis meses se passaram desde o incidente dentro do trailer, mas Deb não conseguiu seguir em frente com a própria vida. Deixou o cargo de tenente para se dedicar a casos menores, cortou os laços com todos que conhecia e resolveu abraçar o perigo como se fosse exatamente o que ela precisava. Bem, talvez fosse de verdade aquilo que ela precisava, já que passar pelo inferno era o que achava merecer.

Depois de fazer algumas pesquisas – e de ignorar os conselhos do pai na própria consciência -, Dexter a encontrou em Fort Lauderdale, vivendo uma vida de mulher de malandro com o ladrão de joias que deveria prender. Ele pensou que ficar com um criminoso era a maneira que ela de encontrou de punir a si mesma pelo que havia feito, e de certa forma, seu raciocínio não estava errado. Mas ele, apesar de tudo, também era aquilo que a impedia de fazer algo pior. Deb se sentia feliz ao seu lado, quase como se estivesse apaixonada. E não havia esquecido nem por um segundo que sua missão era prendê-lo.

Dexter teria deixado a irmã lidar como bem entende com a morte da LaGuerta, mas acabou descobrindo que Andrew, o namorado da Deb, tinha roubado a loja de joias de um mafioso e estava prestes a ser executado pelo homem que fingia ser um comprador. Pensando em salvar a irmã, ele foi até o hotel onde estavam pra tentar convencê-la a mudar de vida. Andrew viu os dois discutindo, Dexter se irritou, eles brigaram e Dexter o matou na frente da irmã com uma facada. Foi uma atitude bem  medíocre, até mesmo pro serial killer que fica louca da knife quando vê sangue.
Se fosse outra pessoa no lugar dele pedindo pra irmã sair daquela vida, eu até entenderia. Mas Dexter? Como assim? “Pare de andar com esse ladrãozinho e fique ao meu lado, seu serial killer preferido”? Assim não dá, né produção. Nem vou comentar o fato dele ter quase perdido o filho nesse hotel e a cena em que ele grita com o Batista quando surge o assunto LaGuerta. O Dexter que eu conheci, sabia lidar muito bem com esse tipo de situação e era um ótimo ator. Quanto tempo vai levar pra alguém ligar a obsessão da LaGuerta em provar que ele era o Bay Harbor Bucher a morte dela? Pois é, é exatamente isso que eu quero dizer.

Como eu mencionei, a autodestruição de Deb aconteceu da maneira que era previsto, mas também guardaram algumas surpresas pra dar dor de cabeça ao nosso serial killer. A Doutora Evelyn Vogel, uma neuropsiquiatra especialista em formar perfis de serial killers, se ofereceu para ajudar a Miami Metro Homicides no caso de assassinato mais recente envolvendo um homem cuja parte do cérebro que processa sentimentos havia sido retirada. Entretanto, ela demonstrou um interesse desusado por Dexter desde sua primeira palestra, que foi se intensificando no decorrer do episódio. Não o tipo de interesse de alguém que desconfia de alguma coisa, mas sim de alguém que obviamente sabe mais do que deveria.

No final do episódio, logo depois da cena com Deb e seu namorado, Dexter está sentado no banco dedicado a LaGuerta quando Evelyn aparece e lhe entrega uma pasta. Dentro dela havia desenhos feitos por ele quando criança, que indicavam alguns distúrbios psicóticos. Ou seja, que provavam, pra um bom entendedor, que Dexter poderia ser um serial killer. Com isso em mente, ele decidiu confrontá-la e teve uma grande surpresa. Além de saber que ele era o Bay Harbor Bucher, ela sabia sobre código moral criado por Harry.

Assim como Dexter, minha cara encontrou o caminho do chão com essa reviravolta. Não faço ideia de quem seja Evelyn, ou qual é o seu propósito, ou como ela sabe uma coisa que ficou apenas entre Dexter e Harry. Mas será mesmo que ficou apenas entre eles? Como um policial como Harry poderia entender tanto sobre a mente dos assassinos a ponto de instruir o filho a ser diferente? Com certeza Evelyn e ele têm um passado, e sendo ela quem é, não duvido nada que tenha criado o código. Quais as teorias de vocês? Sei que é difícil especular alguma coisa com tão pouca informação, mas de uma coisa eu tenho certeza. Essa ultima temporada vai ser de matar

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Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário:

  1. O motivo de Dexter estar assim é porque ele estava fora de controle, Deb era sua "rocha", o que o mantinha firme, e agora ele a perdeu.
    E segundo os spoilers, a Evelyn é uma psiquiatra que ajudou o Harry a criar o código.

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