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[Crítica] Smash - 2x14: The Phenomenon


Viver para um sonho. Morrer para que ele se torne realidade.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Eu cansei de avisar que o destino de Smash estava selado desde o começo de sua temporada, mas algumas pessoas simplesmente gostam de se iludir. Não estou dizendo que sonhar é algo ruim, mas em algum momento temos que encarar a realidade. E quando um produtor diz que escreveu um final amarrado - para ser um Series Finale - você tem que largar a teimosia de mão e agradecer pela sua série conseguir entregar um final especial, porque nem todos têm esse privilégio. Essa semana foi cheio de novidades e decisões, incluindo o cancelamento oficial de Smash. Não foi uma surpresa, apenas uma oficialização.

Na crítica passada eu simplesmente destruí a série e o desenvolvimento que ela tinha apresentado. O episódio da semana passada foi um dos piores e mais chatos que Smash já apresentou, então me surpreendi bastante ao me deparar, esta semana, com um dos melhores até agora. Sei que sou chato, pego pesado com a série e vivo chamando atenção em diversos quesitos, mas eu simplesmente não posso ficar calado depois de um episódio completamente emocionante, cheio de avanços em torno dos seus personagens. Às vezes, mortes acontecem para que algo bom brote delas.

E foi isso que mais me chamou atenção no enredo. Ainda estou de luto pelo personagem, porque ele era um dos mais carismáticos da série, então parecia completamente injusto cortá-lo da história e deixar personagens ridículos como o Jimmy. Porém, reconheço que os roteiristas souberam trabalhar e desenvolver essa tragédia de uma forma sábia. Kyle precisava morrer? Infelizmente sim. Além de desestruturar o emocional do Jimmy, sua morte também abalou todos os espectadores. O garoto sempre foi um dos mais doces do elenco, mas é muito triste ver que ele não viveu para ver seu sonho se tornar realidade.

Outra sacada brilhante foi que, justamente a morte dele, que se tornou um meio para os seus sonhos se realizarem. É irônico e trágico ao mesmo tempo. E o mais triste é que o Kyle sempre foi um personagem legal, porém, muito mal aproveitado. Ele nunca teve destaque, mas, depois de morrer, acabou ganhando um episódio especial girando ao seu redor. Os flashbacks - que na maioria das vezes é um tiro no pé - foram extremamente úteis. Além de mostrar mais momentos do personagem, também ressaltou seus momentos mais ingênuos e meigos, tornando tudo ainda mais depressivo.

E o mais importante disso tudo foi a relação entre o Kyle e o Jimmy. Eles sempre foram unidos e o Kyle mantinha o Jimmy controlado - na medida do possível. O flashback entre a conversa dos dois foi um dos mais significativos, porque finalmente compreendemos que a peça Hit List era sobre o amor impossível entre eles dois. Sinceramente, Kyle e Jimmy formam um casal muito melhor do que o Kyle e a Karen. Porém, infelizmente, Kyle teve que morrer para que o Jimmy crescesse.

Seu número ao encenar Hit List cantando a música The Love I Meant To Say foi de cortar o coração de qualquer um. Simplesmente uma declaração de amor que aconteceu tarde demais. Enfim, dentre outras coisas que aconteceram no episódio, tivemos a Karen confessando seu amor ao Jimmy e rejeitando o Derek. E, no final, o Derek ainda teve a cara de pau de contorcer os fatos para a Ivy. Se eu tinha algum respeito por ele, acabou depois dessa mentira. E o mais legal é que a Ivy não cedeu e mostrou que se tornou uma mulher forte e não deve ser manipulada. Por fim, Julia parece que vai voltar para o Tom, depois de ver que seu interesse amoroso está mais preocupado com seus investimentos do que com a nobreza.
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