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[Crítica] Mama


Direção: Andrés Muschietti
Ano: 2013
País: Canadá / Espanha
Duração: 100 minutos
Título Original: Mama

Crítica:

Amor de mãe é para sempre.

Em filmes de terror, principalmente aqueles que focam em espíritos, aprendemos que nunca devemos subestimar a força de um sentimento, mesmo que seja depois da morte. Fantasmas japoneses já mostrarem que podem influenciar os vivos com o seu rancor, até mesmo matá-los se pisar no mesmo lugar em que morreram, criando uma maldição. Porém, Mama está aqui para nos mostrar que até mesmo os sentimentos mais puros – como o amor materno -, podem te levar direto para o cemitério. Então não adianta se esconder... O amor materno é para sempre.

A história gira em torno de duas crianças que foram raptadas pelo seu próprio pai e, depois de sofrerem um acidente, foram parar em uma cabana no meio de uma floresta, onde coisas sombrias mudaram seus futuros. Cinco anos depois, o tio dela finalmente as encontra. Elas estão vivas, mas em um estado completamente selvagem, por causa da falta de contato com outros humanos. Eles decidem morar em uma enorme casa, onde coisas estranhas passam a acontecer. Aos poucos, Annabel – esposa do tio das crianças -, começa a perceber que algo sobrenatural veio junto com as meninas... E não as deixarão ir embora.

Esse filme é baseado em um curta assustador (clique AQUI para assisti-lo completo) de poucos minutos. Vocês podem assisti-lo sem medo, porque, apesar de ter sido baseado no curta, esse filme narra uma história completamente diferente. Aliás, há um momento no filme muito parecido com a cena do curta, onde as duas crianças estão sendo perseguidas pelo espírito da Mama. Felizmente, o final das duas cenas é bastante diferente e não vai estragar nenhuma surpresa se vocês decidirem assistir ao filme ou ao curta primeiro.

Acho muito interessante como eles conseguiram complementar a história. E, de apenas uma única cena, montaram um enredo fantástico sobre um espírito atormentado. Há diversas cenas chupadas de outras produções parecidas, mas, em sua grande maioria, Mama consegue apresentar um resultado acima da média. A história das duas meninas selvagens foi muito bem desenvolvida. A interpretação das garotas – principalmente da menor – foi excelente, assim como os seus movimentos bizarros. Além disso, foi tocante testemunhar não só a transformação das meninas, como também da protagonista, que era uma roqueira que não pensava em ter filhos.

Muitas pessoas criticaram o uso excessivo de efeitos visuais (criados por computação gráfica). Eu não tenho do que reclamar. Eles conseguiram criar uma aparência bizarra para a vilã, onde ela anda se contorcendo e com seus cabelos e roupas como se tivesse debaixo d’água. A Mama em questão, é toda feita em computação gráfica. Não vi nenhum problema nisso, considerando que sua aparência continuou assustadora. Nós também não conseguimos vê-la muito bem até o terceiro ato, o que foi uma decisão inteligente.

Há boatos de que os produtores querem transformar a história em uma grande franquia. Eu sinceramente não vejo meios para a história continuar. Depois de um desfecho inesperado e impactante, não consigo imaginar uma forma de prosseguir com a trama sem soar forçado. Enfim, eu gostei bastante do filme, apesar de ter esperado mais correria no ato final. A conclusão incomum certamente mascarou esse detalhe e fechou o filme de uma forma convincente. Merece ser assistido!


Trailer Legendado:

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