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[Crítica] João e Maria: Caçadores de Bruxas


Direção: Tommy Wirkola
Ano: 2013
País: EUA
Duração: 88 minutos
Título Original: Hansel & Gretel: Witch Hunters

Crítica:

A vingança é mais saborosa do que doce.

Contos de fadas nunca morrem ou envelhecem, certo? Exato. E parece que a moda mais recente é reapresentar uma história já conhecida e surpreender o espectador. Chega dos clássicos intocáveis, está na hora de algumas mudanças. Ultimamente, diversas histórias conhecidas passaram por um processo de reinvenção, como Alice nos País das Maravilhas, OZ: Mágico e Poderoso e Jack, o Caçador de Gigantes. Porém, o meu grande favorito fica por conta de João e Maria: Caçadores de Bruxas. Um dos meus filmes favoritos dos últimos tempos. Nada menos.

A história acompanha João e Maria, dois irmãos que, quando crianças, foram raptados por uma bruxa, mas conseguiram escapar e matá-la. Vários anos mais tarde - já adultos -, eles ganham a vida caçando bruxas e são muito bons no que fazem. Não demora muito para eles atenderem um chamado de um vilarejo onde diversas crianças desapareceram sem deixar rastros. Logo, João e Maria terão que descobrir quais os planos das bruxas da região, que pretendem usar as crianças como sacrifício para a chegada da lua de sangue, um evento raro e mortal.

Posso dizer logo de cara? Clássico instantâneo. Esse filme tem todos os elementos que eu prezo em um filme desse estilo. Minhas expectativas estavam muito altas e o filme conseguiu se manter acima delas. Eu saí da sala de cinema com um sorriso involuntário no rosto. Como era de se esperar, a história começa exatamente como o conto original, ou seja, os dois irmãos perdidos na floresta e encontrando uma casa toda feita de doce. Porém, se vocês virem uma casa de boca no meio de uma floresta, não comam ou entrem. É recomendado que vocês fujam para as colinas.

A sequência inicial consegue empolgar, assim como os créditos de abertura. Tudo muito bem feito, mostrando em forma de animação o desenvolvimento dos irmãos no ramo de caça às bruxas. Os efeitos visuais são muito bons, como já era de se esperar. Temos bastante CGI (Efeitos em computação gráfica), porém, eles são de excelente qualidade. E também há maquiagens impecáveis. A caracterização das bruxas está simplesmente impecável. Uma variedade de detalhes bizarros surpreendentes.

Todos os atores estão perfeitos em seus papéis. Depois de assistir ao filme vocês simplesmente não conseguiram imaginar outros atores em seus lugares. Maria merece todo o meu destaque. A minha personagem favorita, de longe. Gemma Arterton está perfeita em seu papel de mocinha durona, quebrando todos os clichês desse tipo de filme. Ela consegue ser mais cabeça dura e violenta que o próprio João. Outra personagem que merece destaque é a vilã principal do filme, Muriel. Não tem como não se apaixonar pela Famke Janssen, mesmo que seja no papel de uma bruxa satânica.

O enredo ainda reserva alguns detalhes irônicos que fazem toda a diferença no quadro final. João sofreu uma grave consequência por ter comido a casinha quando criança e também há uma "homenagem" à franquia Crepúsculo, quando somos apresentados a um personagem chamado "Edward". É impossível segurar o riso. É isso que faz deste filme um clássico. É sinistro, engraçado e debochado. E não desaponta os fãs do gore, porque nos apresenta diversas mortes violentas e sangrentas. Enfim, um dos melhores do ano. Simplesmente AMEI!


Trailer Legendado:

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