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[Crítica] Alice no País das Maravilhas


Direção: Tim Burton
Ano: 2010
País: EUA
Duração: 108 minutos
Título Original: Alice in Wonderland

Crítica:

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Com o lançamento de Oz: Mágico e Poderoso, decidi aproveitar o fato de não ter criticado este filme na época e lançar a crítica agora, como uma espécie de aquecimento. Muitos podem estar se perguntando se eu estou louco, mas primeiro gostaria de dizer que este filme não tem qualquer relação com a história de OZ. Alguns elementos são similares, como o fato da história de passar em um mundo mágico e extremamente colorido. Além de ter um tom parecido, acredito que essa versão de Alice no País das Maravilhas possa ser uma boa pedida para quem busca filmes com estilos parecidos.

A história gira em torno de Alice, no auge dos seus 19 anos, que vai a uma festa vitoriana e descobre que está prestes a ser pedida em casamento perante centenas de socialites. Ela então foge, seguindo um coelho branco, e vai parar no País das Maravilhas, um local que ela visitou há dez anos, mas não se lembrava. Agora, ela terá que enfrentar os perigos de um lugar aparentemente desconhecido e reencontrar velhos amigos. Não demora muito para ela descobrir que seu nome está envolvimento em uma profecia e somente ela poderá pôr um fim a um grande mal. Mas como saber se ela é capaz quando nem ela mesma acredita?

A trama desse filme funciona como uma espécie de sequência ao clássico original, voltando a apresentar a personagem principal, Alice, anos mais tarde, já crescida. Ela não se lembra da sua aventura no País das Maravilhas quando era criança, o que a leva a questionar-se quanto sua legitimidade. Esse detalhe da memória é completamente dispensável, na verdade. Seria muito mais interessante acompanhar a protagonista sentindo as mudanças do lugar depois de sua ausência de anos. Porém, a trama segue um caminho completamente diferente, basicamente reapresentando o lugar. É aceitável, considerando que nem todos viram ou sabem exatamente a história original e este filme tem como objetivo reapresentar este mundo a um novo público.

Infelizmente, por se tratar de um filme dirigido por Tim Burton, era de se esperar um filme melhor e bem mais obscuro. Nos estágios iniciais de produção, eu tenho que se tratava de uma história sinistra, com um visual gótico. Então me surpreendi ao ver o material de divulgação apresentando cores vibrantes. Não é um ponto negativo, na verdade, mas é certamente um trabalho fraco para os padrões de Burton. Não há nada muito inovador por aqui. Há alguns momentos inspirados que remetem ao sinistro da cabeça do diretor, como as cabeças decepadas boiando na água que cerca o castelo da Rainha Vermelha.

Há diversos personagens icônicos que merecem destaque. O primeiro é o Gato, que é um dos personagens mais carismáticos e especiais dessa versão. O Coelho também tem os seus momentos, apesar de não ter o mesmo impacto sobre o espectador quanto o Gato. É impossível deixar de mencionar a participação de Johnny Depp, que mais uma vez sofre uma insana transformação. Ele está simplesmente irreconhecível. Sempre fico de boca aberta como ele sempre consegue uma faceta nova a cada parceria com o Tim Burton.

Logicamente, o seu personagem tem mais destaque do que realmente deveria. O papel do Chapeleiro Maluco foi estendido na trama para o maior destaque de Johnny Depp. Por muitas vezes, os personagens loucos e animados contrastam com a protagonista, que parece sem emoções no meio de tanta cor e vida. Enfim, não conseguiu superar minhas expectativas, mas consegue ser um ótimo filme mesmo assim. Os efeitos especiais e a fotografia estão perfeitos. PS. Destaque para a música tema do filme, interpretada por Avril Lavigne, Alice. Uma excelente canção, que casa perfeitamente com o tom do filme em si.


Trailer Legendado:

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