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[Crítica] Dexter - 7x08: Argentina

Se nada der certo, vamos pra Argentina.

Review:
(Spoilers Abaixo)

Mais uma ótima semana para os fãs de Dexter. Mas isso com certeza não deve ser novidade pra ninguém. A série continua exibindo episódios fantásticos um atrás do outro, e o que é melhor, ainda temos mais algumas semanas pra aproveitar antes do satânico recesso. Se o roteiro for metódico e fizer jus a tudo o que já mostrou até aqui, não haverá nada que impeça uma Season Finale tão bombástica quanto a do ano anterior. E é melhor ficarem atentos, porque ela já está começando a se desenhar.

O episódio dessa semana seguiu uma base bem parecida a dos episódios anteriores. Dexter e Hannah, a vingança de Isaak, o impasse com Deb, parecia que nada tinha mudado. A única diferença foi o retorno dos filhos da Rita, pra mais algumas ceninhas desnecessárias de drama e uma alusão ao perigo que corriam por estarem perto de Dexter enquanto ele travava uma guerra. Ou seja, tivemos a primeira introdução morna da temporada. O que é uma pena, pois sei que Dexter poderia fazer muito melhor.

A boa notícia é que nada disso influenciou o resultado final. Da metade pro fim, tivemos cenas emocionantes e ótimas reviravoltas, tão ousadas quanto o próprio roteiro. Vamos começar com a mais importante, Deb finalmente confessando a Dexter que poderia estar completamente apaixonada por ele. Pensei que esse já fosse um cold case, mas aqui estamos novamente, priorizando uma das situações mais inapropriadas que a série já nos mostrou.

Deb estar apaixonada pelo irmão com certeza foi uma das coisas mais bizarras que já vimos, e olha que lidamos com um serial killer que corta suas vítimas em pedaços e as joga no oceano. Mesmo que eles não fossem irmãos de sangue, ou tivessem outro tipo de parentesco, eles cresceram como irmãos e se amaram como irmãos. Não está no sangue, mas está no coração. E achar que a falta de parentesco poderia fazer tudo isso ser mais aceitável é ridículo. Não que eu condene a morte quem pratica este tipo de coisa, eles devem ter seus motivos, e espero que sejam felizes desse jeito. Mas em Dexter, numa trama sobre serial killers, essa é a ultima coisa que eu esperava ver.

Também não vi motivos para que Deb revelasse isso agora, e dessa maneira. Ela só aproveitou a descoberta do caso entre Dexter e Hannah pra despejar tudo encima do irmão, como se os 1% de chance dele ter uma reação contrária a que sempre imaginou pudessem acontecer. Mas por outro lado, saber que ele está envolvido com outra mulher não deve ter sido nada agradável, ainda mais sendo Hannah McKay, a assassina que saiu impune. Então eu entendo seu lado, e espero que isso possa render bem mais só pra não ser mais uma das ideias gratuitas de Dexter (Louis disse oi).
A outra reviravolta acontece na trama de Isaak, perto do final do episódio, quando Dexter decide fazer alguma coisa a respeito da tentativa - tosca e mal sucedida - de ser assassinado. Todos pensavam que a obsessão de Isaak em vingar Viktor era porque eles eram pai e filho, já que a diferença de idade realmente era visível. Mas na verdade, eles eram amantes, e do tipo A Walk to Remember, Sabe? Com aquela definição Isabella Swan mortal pro sentimento. "Se você morrer eu morro, não quero mais viver, você é tudo pra mim", hahaha!

Quem diria que Dexter teria tanta ousadia? Um assassino gay nem tinha passado pela minha cabeça, nem mesmo depois de ver o Isaak disposto a mover montanhas pelo Viktor. Pensei que ele era apenas um pai revoltando querendo justiça pelo seu filho, ou um vilão complexado querendo vingar a morte de um parceiro de longas datas. Como diabos eu iria imaginar que Viktor era o boy magia dos seus sonhos e não existia vida sem o lêlêlê proibido de cada noite? Eu fiquei completamente estático com a revelação, mas tenho que admitir que é um plot bem desnecessário. Assim como a paixão da Deb pelo Dexter, não dá pra colocar um romance gay no meio de toda essa história. Por isso, acho que os fãs ficaram desapontados.

De qualquer forma, tivemos mais um ótimo episódio. Deb confessando seu amor pelo irmão, Dexter e Hannah se acertando, Isaak concorrendo a uma vaga pra ser membro do One Direction... Ah, que coisa linda, eu não poderia estar mais satisfeito. Minha esperança é que esses plots continuem de maneira inteligente semana que vem, sem dar espaço pra mesmice e sem deixar as coisas paradas, como infelizmente aconteceu no começo desse episódio. Só assim vamos fazer valer essa quantidade injusta de episódios que temos por ano, que me desculpem, mas não é o suficiente. Eu nem sei o que vou fazer nesse hiatus, mas talvez vá passar uma temporada na Santa Argentina. Com um pouquinho de sorte, encontro Hannah por lá, plantando alguma erva mortífera pro próximo que atravessar seu caminho. Se eu não aparecer por aqui, é porque ela me ofereceu uma xícara de chá. Fica a dica.

Coisas que você também precisa saber:

- LaGuerta continuou sua investigação sobre o Bay Harbor Burcher, e está perto o suficiente da verdade para ser sua próxima vítima. Já descobriu que algumas datas coincidem com suas teorias, e já ligou o barco de Dexter a facilidade que ele teria para jogar suas vítimas no oceano. É LaGuerta, parece que estamos cada vez mais perto da sua morte.

- Quinn acabou se rendendo a Máfia Koshka e continuou fazendo seus servicinhos. Dessa vez, não por dinheiro, mas porque existe uma gravação onde ele afirma que vai pegar as evidências que incriminam Isaak. Você também já pode ir, Quinn, aproveita que o ticket é de graça.

- Deb e Hannah iniciaram um mini conflito, e eu acho que é exatamente isso que vai separar ela e Dexter. Com certeza Deb vai ficar no pé da moça até ela decidir envenená-la. E Dexter, claro, não pode deixar isso acontecer. É a minha teoria.


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Comentário(s)
3 Comentário(s)

3 comentários:

  1. Você me deixou confuso com essa critica, afinal você gostou ou não? kkkk
    Não achei nada desnecessário a revelação dele ser gay, deixou a trama mas interessante, como sempre os roteiristas nunca fazem o que nós esperamos, Dexter cada vez melhor, não esperava que Deb fosse revelar daquele modo, nossa foi tão real, é foda ver como as pessoas tem conflitos tão podres e ver como elas reagem isso, é interessante! amo d+ essa série :)

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  2. Eu gostei Anônimo hahaha! Só achei o começo meio morno, mas depois tudo ficou perfeito. Só ressaltei alguns detalhes denecessários porque é um drama opcional. Em Dexter, não há necessidade de haver um assassino gay, ou um caso de incesto. Isso serve apenas como complemento, algo opcional, que não faria muita diferença se não estivesse na série. Mas eu gostei muito disso, fiquei de boca aberta com a revelação, e com certeza foi uma das coisas que salvou o episódio. Achei ele perfeito da metade pro fim, e por isso, nem ligo pro começo morno hahahaha

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  3. Não achei morno em nenhum ponto. Os produtores têm quase 50 minutos de episódio para preencher e não podem apenas inserir cenas de assassinato e impacto. É preciso desenvolver a história e personalidade de cada personagem, e as crianças de Rita sempre foram uma parte importante de Dexter e que o ajudaram a desenvolver alguma humanidade nas temporadas passadas. Adorei o assassino gay, pois finalmente apareceu um motivo convincente para o Isak ter essa obsessão em matar o Dexter - foi algo bem previsível inclusive. Assim, não foi algo meramente opcional, e sim algo essencial para a história,, pois justifica o comportamento de um vilão. Da mesma forma amei não terem deixado para lá a paixão de Deb e acho hipocrisia amarem um serial killer, mas terem ódio da alusão ao "incesto". Incesto entre parenteses mesmo, pois não se trata disso... eles não tem o mesmo sangue e isso é o que importa.

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