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[Crítica] Homem-Aranha


Direção: Sam Raimi
Ano: 2002
País: EUA
Duração: 121 minutos
Título original: Spider-Man

Crítica:

Vire o seu mundo de cabeça para baixo.

Esta semana, eu aposto que muitas pessoas estão se sentindo espetaculares. Falo isso porque acaba de estrear nos cinemas nacionais o reboot da franquia Homem-Aranha. E, como o Meu Mundo Alternativo adora uma maratona, resolvemos fazer mais uma, para comemorar o lançamento de O Espetacular Homem-Aranha. É claro que, apesar de ter o mesmo personagem central, Peter Parker, estamos falando de duas franquias distintas, que seguem caminhos completamente diferentes. A maratona só foi feita por consideração ao Homem-Aranha, um dos meus super-heróis favoritos, mas não era realmente necessário. Enfim, vamos começar?

A história gira em torno de Peter Parker, um nerd perdedor que é um verdadeiro fracasso na escola. Ele nutre uma paixão secreta por Mary Jane, uma garota popular. Depois de ser picado por uma aranha geneticamente modificada, Peter percebe que adquiriu habilidades especiais, como escalar prédios e soltar teias de aranhas pelos pulsos. Não demora muito para ele entender que grandes poderes requerem grandes responsabilidades, uma vez que ele terá que decidir o melhor a fazer com suas habilidades. Ele, então, terá que fazer uma escolha, usar os poderes em seu próprio benefício ou ajudar os outros...

Este, nem de perto, é o melhor filme da trilogia de Sam Raimi. Para falar a verdade, eu achei o mais fraco. Não estou dizendo que seja ruim, mas os outros mostraram muito mais em questão de história, cenas de ação e desenvolvimento dos personagens. Apesar disso, temos que admitir que este primeiro filme tem algo especial, já que é o início da saga do nosso herói. Então é indispensável, uma vez que é onde acompanhamos sua transformação de um simples nerd para uma super-herói aclamado por todos. Querem mais motivos? Então, vamos lá.

Este é o único com aquele espírito escolar. Os personagens ainda são adolescentes, no ensino médio (apesar de parecerem mais velhos do que eu). Temos toda aquela "classe social", onde o nerd está o mais baixo possível na cadeia alimentar, sendo humilhado pelos mais fortes - que, na maioria das vezes, são os jogadores. Aqui não é diferente. E, claro, para completar, a garota que o protagonista namora é o responsável pelos maiores ataques de bullying da escola. Achei bem divertido acompanhar essa evolução do protagonista, que começa como vítima e acaba se tornando sensação, explorando os seus novos poderes. Só acho que o roteiro deveria aproveitar mais neste espaço, uma vez que, nos filmes seguintes, não teríamos mais este clima escolar.

O vilão também não lá é essas coisas. De todos que já passaram, o Duende Verde é o que eu menos gosto. Mas reconheço que ele foi extremamente necessário para as futuras subtramas, sendo ele o pai do Harry, que receberia bastante importância nas sequências - em especial, na última. Como é comum na franquia, Mary Jane é colocada em perigo para que aconteça o confronto final entre o mocinho e o vilão. Adoro essa conexão que o Peter tem com sua "paixão". Por que a Mary Jane é uma peça importante e fundamental para a franquia, diferente de outros filmes de super-heróis atuais, onde a mocinha não é tão importante, apenas uma subtrama para suprir o "romance" da produção.

Este não é um filme sério, é claro. Temos bastante humor e o resultado é bem leve, como um todo. Não temos violência, a maioria das cenas acontece de dia e o Peter é um dos super-heróis mais desajeitados da história. O roteiro ainda usa esse defeito do personagem para arrancar risos dos espectadores, fazendo o protagonista parecer ainda mais desajeitado. Não é a toa que ele seja tímido, já que só faz uma idiotice atrás da outra. Isso não pode soar como um elogio, mas o ator Tobey Maguire cumpre esse papel de uma forma perfeita. Enfim, vale muito a pena assistir. Partiu para o Homem-Aranha 2? Ótimo!

Trailer:

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