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[Crítica] Dexter - 4ª Temporada

Duração: 50 Minutos
Nº de Episódios: 12 Episódios
Exibição: 2009
Emissora: Showtime

O papai mais assassino do mundo.

Crítica:
(Spoilers Abaixo)

A essa altura Dexter já se tornou vício né? Nem uma terceira temporada fraca conseguiu me desanimar, então, parti pra próxima, esperando mais uma sessão de eventos doentios do- agora – papai do ano. É tão difícil ser pai quando você precisa retalhar corpos rapidamente pra chegar em casa cedo e ler uma historinha... Poxa, situação dificílima, ainda mais com um novo assassino na cidade, que deixou um rastro de corpos por vinte anos pelo país inteiro.

O começo, como sempre, é bem light. Depois que a parada fica séria e todo mundo enlouquece de verdade, de um jeito que não dá pra parar de assistir. Com essa temporada não foi diferente. Apesar de que, meu episódio preferido foi bem no começo, envolvendo uma policial que matou a família inteira porque queria ser uma psicopata livre. A partir daí que vamos focar bem mais no assassino, apelidado de Trinity. Ele aparece desde o piloto como um velho babão e solitário, sempre matando pessoas com certas características. Levou esse apelido porque sempre deixa um rastro de três mortes. Primeiro uma jovem morta na banheira, depois uma mulher de meia idade mãe de dois que é obrigada a se suicidar pulando de um prédio. E por ultimo, um pai de dois, que ele martela até a morte.

Nessa temporada Deb teve muito mais atenção, por causa do retorno de Lundy. Aquele velho babão que ela namorou na segunda temporada e depois foi embora. Mas, ela ainda estava com o garoto que esqueci o nome que conheceu na Season 3, e ficou naquela confusão sobre qual escolher. É claro que isso teve um final trágico né. Com Lundy voltando a cidade pra investigar o Trinity e chegando cada vez mais perto, ele logo teve que se despedir. Morte trágica e sofrida pra alguém que nem era querido, apenas porque quem mais sofreu foi a Deb.

A atuação de Jennifer Carpenter se superou a cada episódio, meu Deus, eu amo essa mulher! Lembro até hoje da cena pós-morte do Lundy, ela definitivamente é perfeita pro papel. Parecia que aquilo tudo era verdade, sabe? Apesar de ter ótimos atores no mundo, poucos conseguem quebrar essa barreira de ficção e realidade. E ela conseguiu muito bem. Foi a melhor época dela, com certeza. Não por ter sido baleada, mas por ter perdido seu grande amor. Também notei sua aproximação com o Detetive Quinn. Ele entrou na Season 3 pra tapar o buraco deixado pela morte do Doakes, mas era praticamente um inútil. Apenas nessa temporada fez algo de útil. E logo começou namorando a filha do Trinity (!!) Calma, calma, também não foi assim tão fácil né. Tipo a filha daquele assassino é mó gostosa, vou dar uns pegas.

Pra descobrirem que a repórter com quem ele ficava era filha do Trinity foi preciso muito atrito. E com certeza muita competência da Deb. Ela como vítima moral e sentimental, fez das tripas corações pra descobrir quem havia matado Lundy, porque só o que sabíamos até então era que o atirador não podia ser o Trinity, já que ele tem mais de 1,90 de altura. Eu simplesmente... Sei lá como fiquei, quase tive um ataque cardíaco com essa história toda, ainda mais porque a filhinha do Trinity era mal amada e decidiu se matar porque o papai não a amava verdadeiramente. Suicídio digno de Oscar!

Bem, agora vamos ao assassino né? Porque depois de tudo isso ele ainda estava vivinho da silva planejando outra série de mortes. O mais interessante de tudo era que o Trinity era um pai de família. Tinha uma esposa, dois filhos, ia pra igreja. Por isso Dexter demorou a matá-lo, teve que se fingir de amigo e usar o pseudônimo Kyle Buttler pra se aproximar. Ele queria saber como um psicopata tão bem sucedido podia guiar sua vida daquele jeito, porque era exatamente o que Dexter estava fazendo com Rita. Tirando a parte que ele realmente tem sentimentos por ela, é claro.

Meu segundo episódio preferido é aquele em que Dexter decide jantar com a família do Trinity no dia de ação de graças. Foi tudo muito louco, gente. Ele tocava o terror dentro daquela casa, torturava os filhos, a esposa, até que o mais velho se revoltou e iniciou o barraco do ano. Esqueçam casos de família, essa briga vale por mil. FUCK YOU, AND FUCK VERA! Clássico, não? Meus filhos vão ouvir sobre essa história, juro.

Agora, sobre Vera, ela era o “grande” motivo de toda a perturbação do assassino. Ela era sua irmã, que agora ele tem apenas dentro de um vaso em forma de cinzas. Quando era criança ele estava espiando a irmã no banheiro, daí ela se assustou com o reflexo dele no espelho, caiu e morreu. Logo depois a mãe se suicidou se jogando de um prédio, e então, precisou matar o pai a marteladas. Isso é tipo, a psicopatia do século né? Porque tudo fez bastante sentido, em alguns momentos deu até pra sentir pena dele, era só uma criança e teve que lidar com todas essas mortes, qualquer um piraria e sairia por aí fazendo as pessoas reviverem tudo o que ele passou.

Quanto ao desfecho, um tanto triste, porém, inesquecível. O Trinity na verdade não matava três pessoas, matava quatro, o primeiro era sempre um garoto inocente baseado nele. E não era visto como assassinato, porque ele aproveitava a construção de casas da obra da igreja pra colocar os corpos ali. Foi uma reviravolta e tanto, né? Mas, não importa mais, Dexter conseguiu matá-lo e tirá-lo de circulação. Mas teve que pagar um alto preço por isso. Sua demora acabou fazendo Trinity descobrir sobre sua vida e matar Rita antes que encarasse a mesa de Dexter.

Gente, a Rita! Que esteve desde o começo da série com a gente, sendo uma personagem importante. MÃE DE UM BEBÊ! Ela não poderia ter morrido assim, ainda mais por um assassino tão odioso como o Trinity. Porque o bicho foi chato, viu? Acho que ele foi o mais chato de todos os assassinos, e o que deixou mais marcas, é claro. Não tem como não ficar de luto pela Rita, depois de tudo o que aconteceu. Por isso naquela época a quinta temporada era incerta. Não que tivesse chances de não acontecer, mas sim por ter grandes chances de ser um fiasco. Se eu disser que a quinta é a melhor temporada ever, vocês acreditam em mim?

Algumas Homenages:



Comentário(s)
8 Comentário(s)

8 comentários:

  1. vanessa vasconcelos reznor17 de maio de 2012 às 22:41

    ainda nem vi essa temporada e a quinta,que pena ,farei o possível para ver logo.

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  2. A atuação da Jennifer é mesmo sensacional. Fico impressionada com isso. Você consegue sentir os dramas da Debra (que aliás não são poucos. A coitada nasceu p/ ser infeliz). Você pode perceber isso também nos filmes o Exorcismo de Emily Rose e Quarentena. Cara! Quarentena parece que ela vai surtar a qualquer momento.

    Momento risada: "e então, precisou matar o pai a marteladas." Óbvio...todo mundo que vê a irmã e a mãe morrendo NECESSITA matar o pai a marteladas U.U é uma questão de lógica rsrs

    Eu sempre achei a Rita muito sem sal, mas nunca imaginei que fossem matá-la! Quando eu vi o último episódio, fiquei um dia inteiro em estado de choque. A cena foi bem forte...ainda mais com o Harrison no meio daquela gelatina toda.

    Adorei a crítica. Só tenho que discordar de duas coisas: o Trinity foi o mais chato?? Que isso! Tirando a sexta temporada, essa foi a melhor e com um psicopata muito interessante em todos os aspectos!
    E você falou sobre a quinta ser melhor antes de vê-la, né? Ô.o por que eu achei um saco. Sinceramente pensei que nunca conseguiriam barrar a quarta e se a quinta foi ruim, a série iria acabar na sexta. (ainda bem que conseguiram fazer uma ótima sexta temporada, que gerou mais duas \o.)

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  3. PurpleFoot
    Você entendeu errado HSUHSUSHUSHSUHS'.
    O Trinity foi o mais chato no sentido de ter dado mais trabalho.Ele foi um dos melhores psicopatas mesmo, achei muito interessante sua vida e todos os acontecimentos que inspiraram seu instinto assassino. Só foi chato porque demorou a morrer e ficava disputando com o Dexter no mesmo nível, além de ter matado a Rita, é claro.
    E não achei a 5ª melhor antes de assistí-la, é que assisti todas as temporadas e depois fiz as críticas mesmo. Aah, nem vem, a 5ª é ótima HSUAHSUHUSHSUHS'. E 6ª não fica atrás.

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  4. Ah desculpa ter interpretado errado rsrsrs
    Realmente ele deu muito trabalho por querido Dexter, mas isso que deixa a coisa mais interessante!
    Acho que você é uma das poucas pessoas que gostou tanto assim da quinta rsrs. Tipo, é claro que eu gostei...afinal é Dexter :) mas em comparação a todas as outras está em último lugar na lista p/ mim.

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  5. Oi, João! Parabéns pela resenha. Como diria Deb: "Fuck"! Estou ainda em lágrimas após assistir ao último episódio da 4a temporada e o 1o da 5a. Das que eu assisti de fato a 4a foi a mais empolgante e com trama mais rica. Sobre nossa doce Rita: ela era uma espécie de âncora para Dexter, um alicerce de humanidade que o linkava a experiências humanas como normas de convivência, sentimentos e emoções com os quais ele não sabia lidar - ou não tinha como. Na série, então, estou perdidão e me sentindo um pouco órfão sem essa personagem e confesso que não tô motivado a continuar assistindo as próximas, mas... a resenha e os comentários estão me dando novo gás pra levar adiante. Vou pagar pra ver. Sigamos... Abraços!
    (Carlos / lpamigo@hotmail.com)

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  6. Também estou sentindo falta da Rita
    Vi spoiler e desde então estou de ouro pela personagem e receosa de ver o fucking último episódio da temporada 4.
    Sério mesmo? Depois da morte dela dizem que a série desandou totalmente.

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  7. Ooi Júlia. Não sei se desandou tanto assim não... se é que ainda não viu, pode assistir o final da quarta e se preparar muito antes, porque é muito chocante, e partir pra quinta. A quinta não é ótima, mas também não é ruim. É boa sim. Só não tô gostando muito da oitava... vc já terminou?

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  8. Confesso que ainda estou em choque com o último episódio da 4° temporada. Mas já começo amanhã a 5° temporada rs

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