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[Crítica] Espelho, Espelho Meu


Direção: Tarsem Singh
Ano: 2012
País: EUA
Duração: 106 minutos
Título original: Mirror Mirror

Crítica:

A fábula da branca de neve ganha vida.

Parece que reviver contos de fadas está na moda! Na televisão, temos um ótimo representante, a série Once Upon a Time. Coincidentemente, a série também foca na Branca de Neve. De todos os contos de fadas, eu acho que a Branca de Neve deve estar causando inveja nos recalcados em Far far away, porque, nos últimos tempos, ela têm ganhado bastante atenção. Um exemplo disso, é o fato de que, nos cinemas, serão lançadas duas versões desta história. Uma com a Kristen Stewart (Crepúsculo), que é uma aventura sombria e séria. E a outra, esta, uma comédia levinha, para toda a família. Não gosto de ficar comparando, mas, qual vocês querem assistir mais? Eu estou doido para ver Branca de Neve e o Caçador.

A história deste filme gira em torno de uma madrasta malvada que assume o reino após o seu marido ter sumido misteriosamente na floresta negra. Depois de vários anos, a filha do rei ganha maioridade e, depois de escutar sobre a pobreza que assombra o seu povo - que é constantemente cobrado por caros impostos, para pagar os luxos da Rainha -, a garota decide confrontar sua madrasta. Revoltada com a atitude da garota, a Rainha manda seu servo levá-la para a floresta e matá-la, mas, ao contrário do que lhe foi mandado, o servo deixa Branca de Neve fugir. Ela acaba encontrando os setes anões bandidos e encontra neles, amigos com quem pode contar. Juntos, eles terão que resgatar o reino das mãos malvadas da sua madrasta e salvar um belo príncipe, porque quem Branca de Neve tem uma queda.

Eu sei que todos já conhecem esta história de trás para frente. É um dos contos mais populares que existe! Então, uma vez que já sabemos da história e a maioria das coisas que deve acontecer, resta aos roteiristas do filme, nos surpreender com suas liberdades criativas e cenas que não esperamos (princesa salvando príncipe?). Neste quesito, Espelho, Espelho Meu consegue se sair bem, porque trás alguns velhos elementos, que são repaginados de uma forma criativa, dando uma nova vida ao conto, como foi prometido. Uma das minhas expectativas, era quanto ao espelho mágico. Apesar dessa "reimaginação" não ser excelente, temos que destacar que foi interessante. O fato da rainha falar consigo mesmo e, não, com um espelho com rosto, foi uma decisão acertada. Além disso, o universo alternativo onde ela entra é bem legal.

Os efeitos visuais do filme estão excelentes. Temos grandes e belíssimas paisagens congeladas do reino. O lugar onde o castelo fica é muito maneiro, na ponta de uma colina. Apesar disso, temos algumas locações fraquinhas, como algumas cenas na floresta (completa rala) congelada e no vilarejo do reino, mas nada que tire o prestígio da produção. A cena dos bonecos de macumba enfeitiçados foi bem tosco, devo confessar. Esperava por algo melhor. Para compensar, tivemos um clímax interessante, com uma criatura bizarra, feita em CGI (efeito digital), porém, muito bem feita. Seus movimentos estão perfeitos e eu quase lamentei pelo filme ser tão família, porque aquela criatura poderia fazer um grande estrago em um filme mais sério. Me peguei desejando que o monstro estraçalhasse algum daqueles anões... Mas isso não aconteceu, é claro.

Julia Roberts é uma das minhas atrizes favoritas e está impagável na pele da Rainha Malvada. Ela interpreta uma personagem engraçada e completamente mimada, que não tem um pingo de consciência, mas que, mesmo assim, consegue fazer com que gostemos dela. Ela tem as melhores cenas, as melhores falas e as melhores tiradas. Basta ver no trailer abaixo! Roberts é tão boa no que faz que quase não tem espaço para a Branca de Neve, interpretada pela Lily Collins. Collins fica limitada em seu treinamento de mocinha para guerreira e suas cenas de luta, que mais parecem danças acrobáticas, sincronizadas com o ritmo da trilha sonora.

Dentre outras liberdades, temos a cena da maça, que acontece de uma forma muito diferente do que no conto... Graças a Deus! O filme ainda chega com chave de ouro, com uma música empolgante, que gruda na cabeça e não sai mais. A música se chama I Believe in Love e é interpretada pela própria atriz que interpreta a Branca de Neve, Lily Collins (clique aqui para ouvir a música). Enfim, eu recomendo! Mas não podemos esquecer que é um filme EXTREMAMENTE leve, sem grandes pretensões além a de divertir. Cumpriu o seu papel, na minha opinião. Último comentário? I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe, I Believe... In love, love, love, love, love. Nota 8,5.

Trailer Dublado:

Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário:

  1. vanessa vasconcelos reznor9 de abril de 2012 às 23:10

    bonzinho,mais o outro com a kristen vai ser melhor,eu acho.

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