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[Crítica] The Client List


Direção: Eric Laneuville
Ano: 2010
País: EUA
Duração: 88 minutos
Título original: The Client List

Crítica:

Uma mãe irá fazer qualquer coisa por sua família.

Esta é a segunda parte da “Dobradinha Sulina”, e para quem não leu a primeira parte – a crítica de Footloose -, tem que saber que eu escolhi dois filmes que se passam no sul dos Estados Unidos e têm aquela pegada caipira. Bem, Footloose tem bem mais disso. The Client List até tem uma trilha sonora country, representando bem o Texas – lugar onde o filme se passa -, mas não temos muitos personagens caipiras e as situações abordadas aqui têm outro foco. Mesmo assim, Texas é Texas... Então The Client List merece estar na nossa “Dobradinha Sulina”.

A história gira em torno de Sam, uma mãe de família que está quebrada, sem dinheiro algum, e prestes a perder sua casa. Seu marido, um excelente jogador, machucou o joelho e ficou desempregado, complicando ainda mais a situação. Com um curto prazo para ser expulsa de sua casa, Sam consegue emprego em uma casa de massagem, mas, em seu primeiro dia, percebe que o trabalho exige muito mais do que sua fachada sugere. Agora, ele terá que equilibrar a vida de uma mulher que trabalha com prazer e uma comum dona de casa. Mas, uma vez que somos levados ao limite, as coisas tendem a ficar feias.

Filmes que trabalham esta temática de prostituição têm uma história bem parecida. Não me entendam mal, eu estou falando do modo que a protagonista de adapta ao serviço duro (sem trocadilhos, por favor). Assim como Bruna Surfistinha - O Filme, Samantha tem nojo do que faz, mas, assim que vê os benefícios, sua dignidade é comprada por um bom salário, jóias e um grande ego. É claro que, uma hora, este mundo de fantasia tem que estourar e, geralmente, é neste momento em que entram as drogas. The Client List não é diferente! A protagonista também passa por grandes problemas por causa do vício e este é o começo de sua degradação.

Mas, diferente do filme da Surfistinha, as consequências são bem mais severas com as mulheres “massagistas”. Não estou falando de uma personagem que cheira pó até acabar em um puteiro onde deve distribuir e não dar. Estou falando de uma mulher que tem que encarar as consequências de seus atos perante toda uma sociedade cheia de dedos que insiste em apontá-la e julgá-la sem ao menos saber seus motivos para ter parado naquela situação, em primeiro lugar. Então confesso que dá para sentir pena da personagem no terceiro ato, mas até que o roteiro pegou leve com ela. Uma vez que poderiam ter explorado uma crueldade muito maior das pessoas ao redor.

E você que está pensando em assistir ao filme, para ver muita safadeza e cenas ousadas, pare por aí mesmo. Não temos nada demais acontecendo em tela. Não aparece peito, bunda... Nada. Muito menos o que as meninas fazem com seus clientes. Isso é interessante, porque nos dá a chance de focar no drama da Sam. Se bem que eu queria ver um pouco mais do que ela fazia lá dentro, principalmente o porquê dela ser tão requisita entre os seus clientes. Em certa cena, somos convencidos de que ela tem um bom papo e presta atenção aos problemas de seus clientes (bem como a menina que tem pinta de surfista).

Enfim, eu recomendo. Não me fez chorar, nem nada. Mas eu achei interessante acompanhar o drama da protagonista e, antes dos créditos finais começarem, tem um aviso revelando que é inspirado em uma história real. Eu só procurei por este filme porque soube que teremos uma série, de mesmo nome. Eu apenas não sei se a série continuará de onde o filme parou ou ela recontará a história do filme. Caso seja a segunda opção, não gostarei. Afinal, porque gastar mais de 10 episódios para contar a mesma história que um filme fez muito bem em uma hora e meia? A primeira opção também parece improvável, afinal, porque ela voltaria para esse estilo de vida? Vamos esperar para ver. Nota 8,5.

Trailer:


Comentário(s)
2 Comentário(s)

2 comentários:

  1. Gostei desse filme,fiquei com muita pena da Sam se as pessoas soubessem o por que de ela ter entrado na prostituição concerteza eles a entenderiam.Acho que eles vão contar uma história diferente por que pelo que eu li ela vai ser sócia da casa de massagem.

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  2. Eu já tinha visto que seria uma série, mas no trailer dela parecia mais comédia do que drama.

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