[Crítica] Apollo 18 - A Missão Proibida

Direção: Gonzalo López-Gallego
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 86 minutos
Título original: Apollo 18

Crítica:

Eles não estavam sozinhos.

Quando anunciaram o projeto Apollo 18, eu fiquei empolgado. Imagine você poder ver astronautas desesperados sem chance de ajuda? Eu adorei. Mas, conforme veio a divulgação, eu descobri que o filme seria em primeira pessoa (eu ainda estou me recuperando de O Último Exorcismo). Quanto mais notícias saíam, mais eu me afastava da produção. Tinha tudo para dar errado, tudo o que eu não gostava, estava exposto no material de divulgação. Tudo bem, um pouco de exagero. Mas eu não pretendia vê-lo no cinema.

A história segue três astronautas, enviados em uma missão secreta para a lua. Acontece que os motivos da missão não são claros e os astronautas não entendem porque instalar câmeras com sensor de movimento e outras parafernálias. Não demora muito para eles perceberem que não estão sozinhos, e que uma forma de vida estranha está à espreita. Sozinhos e sem comunicação com a Terra, eles terão que fazer o possível para sobreviver, em um ambiente perigoso e hostil, que quer vê-los mortos.

Sim, cara na poeira, vocês podem apostar suas vidas nisso. Eu entrei na sala de cinema com um forte negativismo, mas logo estava encolhido na cadeira, totalmente tenso. Apollo 18 aposta em, mais uma vez, jogar a verdade na cara do espectador. Mas diferente das outras milhares de produções deste subgênero, esta é uma das poucas que o espectador se pega pensando: “Gente, isso é bem possível de ter acontecido”. Eu não quero fazer o maldito ou começar a teoria da conspiração, mas acho que acontecem muito mais coisas do que o povo tem conhecimento. Então, uma história assim, é completamente plausível.

Uma das coisas que eu mais gostei em Apollo 18, é o fato do perigo estar perto dos personagens desde o começo. Logo quando eles pisam na lua, coisas ao redor deles começam a ser mover, lentamente. E o legal é que a “edição” faz um círculo ou destaca onde tal fato acontece. Até porque, são coisas mínimas, impossíveis de serem vistas sem essa ajuda. É muito assustador poder ver as criaturas, sendo que os próprios personagens continuam no “escuro”.

Para aqueles que odeiam as malditas câmeras tremidas, técnica muito usada para passar tensão neste tipo de filme, pode respirar aliviado. Apesar de algumas cenas serem tremidas, a maioria é gravada de câmeras fixas. O interessante é observar que o filme não precisa da técnica para deixar o espectador duro na cadeira. Na verdade, o desespero dos personagens ao saber que não estão sozinhos é a maior fonte de tensão. E o melhor, a tensão vai crescendo gradativamente. Quem não se contorceu na cena em que um personagem fala que tem algo na roupa dele? Eu quase morri.

Se vocês já gostam deste tipo de produção ou se gosta de filmes no espaço, este é um prato cheio. Um filme tenso, cheio de suspense e sustos de tirar o fôlego. Sem contar os efeitos visuais, que estão mais do que excelentes, tudo parece muito real. Para quem espera contos de fadas com finais felizes, vá ver um filme Disney. Este é um filme em primeira pessoa, então você já deve imaginar que finais sombrios dominam. Enfim, uma ótima pedida em um subgênero já desgastado. OBS: Eu tenho medo de pedras!

Trailer Legendado: