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[Crítica] Cry Wolf - O Jogo da Mentira

Direção: Jeff Wadlow
Ano: 2005
País: EUA
Duração: 90 minutos
Título original: Cry Wolf

Crítica: 

Mentiu. Morreu.

Taí mais um filme para minha lista de fissuras. Antes mesmo de estrear eu já estava louco querendo assistir, alguns filmes simplesmente são a sua cara mesmo antes de vermos o resultado. Quando finalmente pude assistir, percebi que tinha valido muito a espera. Todo mundo sabe que filme bom é aquele que deixa a gente com a cara na poeira, certo? Pois é, Cry Wolf é o tipo de filme que supera todas nossas expectativas. Apesar do título original não alterado no Brasil nos fazer pensar uma coisa completamente diferente, por isso surgiu o subtítulo “o jogo da mentira”.

Owen acaba de ser transferido para uma nova faculdade especialmente feita para abrigar filhos de gente rica e poderosa, assim como seu pai ausente é e logo descobre uma das maiores tradições do lugar. Em certas noites, alguns alunos juntam-se na capela para brincar de ‘o jogo da mentira’. Ele é bem mais simples do que parece. Uma pessoa precisa marcar alguém do circulo no escuro e esta pessoa será ‘o lobo’. Assim, inicia-se o jogo onde os jogadores precisam se acusar e descobrir quem é ‘o lobo’ e se não conseguirem, o lobo fica com o dinheiro. Owen logo se enturma e vence o jogo, e junto da perigosa Dodger inventa uma história de que uma garota assassinada há alguns dias foi a primeira de uma nova série de assassinatos que está acontecendo exatamente como há anos atrás. Eles criam um assassino e suas respectivas mortes apenas para se divertir, e o que era pra ser uma brincadeira, se torna real quando o assassino ganha vida e pessoas começam a morrer exatamente como eles planejaram.

Vocês deixam eu gritar? Porque sinceramente, foi isso o que eu fiz quando terminei de ver. E só o que eu conseguia falar na época era sobre como esse filme tinha mudado minha visão das coisas. O final foi surpreendente e eu percebi que histórias inteligentes de verdade nos enganam o filme inteiro para um final bombástico. As reviravoltas são cretinas e os atores ajudaram muito o filme a crescer. Temos nele o na época iniciante Jared Padalecki, o protagonista do seriado Supernatural, que infelizmente não interpretou um personagem muito interessante. Temos também Julian Morris, que recentemente ganhou destaque por participar de filmes como Pacto Secreto e séries como Pretty Little Liars. Ele é nosso protagonista, que saiu completamente do clichê. Ainda lembro do Alex de Premonição, tão frágil e perturbado, naquela época era difícil eu gostar de um filme onde o protagonista fosse homem. Mas Owen é completamente diferente. É metido a esperto, cheio de frases de efeito e muitas vezes conseguia impressionar Dodger, que era algo parecido como uma ‘danger femme fatale’ e vivia seduzindo o garoto com sua inteligência.

 E ao longo do tempo ainda vi gente criticando o filme por ter enrolado muito até começar a ação. Eu discordo que isso seja uma coisa ruim, e pra ser sincero, isso nem verdade é. Aquele clima de mistério e suspense é uma das melhores coisas, nos deixa mais apreensivos pra saber o que diabos está acontecendo, pois não é um slasher normal. E as reviravoltas do casal são bastante interessantes. Dodger começa no topo, sendo misteriosa e sexy, deixando Owen com a cara na poeira, mas ele sempre dava um jeito de alcançar seu nível e pagar todas as indiretas na mesma moeda.

Agora falando do restante dos personagens, acho que todos interpretaram muito bem. Dodger realmente chamou muito mais atenção e acabou fazendo com que as outras garotas não brilhassem tanto. A japonesa era inteligente, mas fracassava no quesito beleza enquanto a outra foi posta ali para ser a gostosa, mas acabou sendo mais descerebrada. Ah, e eu tomei um susto quando vi o Bon Jovi no filme. Olhei pros lados com tensão nos olhos, ou eu estava ficando louco ou aquele cantor também era ator. Sim, Miley Cyrus feelings, eu sei, mas me defendo dizendo que Bon Jovi fez mais parte da geração anterior e eu realmente não sou obrigado a adivinhar que todo cantor tem um anjo interno que lhe dá o dom da atuação.

Ah, querem saber? Não vou recomendar, o filme é muito inteligente pra vocês. Brincadeira, amo todos os meus leitores e juro que se pudesse obrigá-los a assistir, já havia feito há muito tempo, mas isso só depende de vocês. Já fiz a minha parte, falei tão bem do filme que quase babei no teclado, mas não era pra menos. E não se esqueçam do que precisam fazer para vencer o jogo. Evitem suspeitas, manipulem seus amigos, destruam seus inimigos. Nota 10,0.

Trailer:
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