[Crítica] Quarentena 2

Direção: John Pogue
Ano: 2011
País: EUA
Duração: 86 minutos
Título original: Quarantine 2: Terminal

Crítica:

Um vírus mortal está no ar.

Depois de várias críticas negativas a respeito do remake, todo mundo pensou que a franquia americana estava morta. Mas, para a surpresa de todos, uma sequência, direto para o vídeo, foi anunciada. Todo mundo torceu o nariz, esperando outra cópia da franquia espanhola. Porém, depois de um tempo em que recebera sinal verde, foi revelado que a sequência seguiria um roteiro original. Isso pelo menos acalmou os fãs e, talvez não tenha nem todos queiram ver, mas o importante é que a maioria ficou curiosa.

A história dessa vez se passa em um aeroporto, quando um vôo tem que fazer um pouso de emergência, por causa de um passageiro agressivo. Quando conseguem pousar, percebem que estão trancados no aeroporto à mercê de um vírus mortal. Agora, em quarentena, os passageiros e funcionários terão que achar uma saída, antes que todos sucumbam a contaminação ou o Controle de Doenças decida cortar todas as pontas soltas, para não ter chance que o vírus se espalhe outra vez.

Como vocês podem perceber, a sinopse acima pouco tem haver com Rec 2 - Possuídos. Assim como o primeiro Quarentena, este também exclui qualquer explicação religiosa (o que agradou muitos fãs, que não gostaram do rumo da franquia espanhola). O roteiro deste sequência ainda vai mais além, estabelecendo uma conexão direta com os eventos do primeiro filme. Aliás, os eventos do segundo filme acontecem na mesma noite que a contaminação do prédio, praticamente ao mesmo tempo.

Vocês devem estar se perguntando qual sequência é melhor, certo? Pois eu realmente não consegui decidi. As duas tem suas qualidades e defeitos. Vamos começar pela sequência espanhola. Ela tem algumas partes muito confusas e o foco na explicação religiosa quebrou totalmente o clima do primeiro. Por outro lado, ela continua a saga da Angela Vidal, que fez falta neste. Quarentena 2 tem o mérito de continuar de forma original, abandonando a câmera em primeira pessoa, mas não consegue transmitir aquela sensação de claustrofobia que um prédio isolado passava.

Os personagens até que são simpáticos, a maioria bastante clichê. Gostei do começo mostrando uma pequena conversa entre duas aeromoças. Pena que uma delas é contaminada antes de poder fazer qualquer coisa. Aliás, no final, quando só tem quatro personagens vivos, eles se separam, como se fosse a coisa mais natural possível. Eu achei muita burrice, porque poderia render um excelente trabalho em equipe. Pelo menos a protagonista participa de algumas cenas bem legais e a garota sabe gritar.

O roteiro ainda tenta uma reviravolta no final, que muitos vão conseguir adivinhar antes do tempo, mas é interessante mesmo assim. Gostei muito desta sequência, que apesar de não ter mortes muito criativas, consegue respeitar os conceitos aplicados no original e apresenta boas cenas de perseguição. Agora eu me pergunto se a franquia consegue sobreviver a mais uma sequência, já que a franquia espanhola está confirmada por, pelo menos, mas duas sequências. Nota 8,5.

Trailer Legendado: