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[Crítica] Seven - Os Sete Crimes Capitais


Direção: David Fincher
Ano: 1995
País: EUA
Duração: 127 minutos
Título original: Se7en

Crítica:

Sete pecados capitais. Sete maneiras de morrer.

Eu já disse em algumas críticas atrás que todo subgênero tem seu representante. Isso é verdade! Se pararmos para pensar, todas as áreas têm seus grandes clássicos. Aqueles que servirão de comparação para outros filmes posteriores. Este é caso de Seven - Os Sete Crimes Capitais. O verdadeiro líder do subgênero da investigação policial. Muitos tentaram, mas acho difícil, a esta altura, conseguir derrubar um legado que já dura mais de uma década. Alguém se atreve?

A história segue dois detetives, David Mills e William Somerset. Mills é um novato que acabou de ser transferido. Ele pretende ocupar a vaga de Somerset, que está se aposentando. Mas, um crime brutal, muda o destino dos personagens. No começo não aparenta ter ligação, mas eles logo percebem que, cada morte, está relacionada com algum pecado capital. Agora, os dois detetives terão que se unir para desvendar as pistas antes que o serial killer consiga suas setes vítimas.

As pessoas que não assistiram ainda devem estar se perguntando se o filme merece mesmo todo este destaque. Pois eu respondo: Seven - Os Sete Crimes Capitais é um dos melhores suspenses policiais que eu já assisti. Eu sabia que este filme não era aclamado a toa. Ele passou um tempo atrás no SBT, mas eu não pude ver. Esta semana eu lembrei dele e decidi assistir logo. Resultado? Uma das escolhas desta semana.

Um dos grandes pontos de Seven são os crimes. Nunca vi assassinatos tão doentios e sofridos como estes. Logo no começo somos brindados com uma das mortes mais bizarras, a da gula. Eu confesso que fiquei com vontade de vomitar (até porque eu estava comendo). Agora, não esperem ver os assassinatos. O espectador só consegue ter acesso aos corpos e, em muitos casos, apenas a narração dos fatos. Um exemplo disso é o crime da luxúria. Não vemos o ato, não vemos o corpo, mas sabemos o que aconteceu e, acreditem, deve ter sido perturbador.

Outra coisa muito legal é não saber o que acontecerá na próxima cena. Coisas improváveis são jogadas na nossa cara, fazendo-nos imaginar se tratar de uma pista falsa, mas, na verdade, é exatamente o foco da ação. Como, por exemplo, quando os detetives vão seguir uma pista sobre uma pessoa que lê determinados livros. Eu achei que não daria em nada, mas o desfecho foi completamente surpreendente.

Mas apesar de todos estes pontos positivos, talvez, o que mais tenha elevado o nível deste filme, seja o vilão. Ele é um dos mais sinistros e doentios que eu já vi. Quando ele tem uma conversa calma com os protagonistas dentro de um carro, é de tirar o fôlego do espectador. Até porque, todos começam a imaginar qual seria seu verdadeiro plano. Ele mesmo deixa claro que tudo o que aconteceu foi porque ele quis. Ele não perdeu o rumo nenhum segundo e terminou tudo do jeito que ele queria. Calma, isso não é spoiler! Afinal, você sabe o que ele quer? Eu pensei saber, mas não sabia.

Mais uma vez, a maioria de vocês já devem ter assistido, mas é sempre bom dá uma relembrada numa bom filme como este. E o mais interessante é que ele tem mais de duas horas e nunca fica entediante. Acreditem, poucos tem este talento! O quê? Você não assistiu ainda? Tá esperando o quê? Assista logo. Até porque, preguiça é um pecado que você não quer cometer, certo? Nota 10,0.

Trailer Legendado:

Comentário(s)
1 Comentário(s)

Um comentário:

  1. Vlw por ter feito a crítica. Diria até que ele foi o predecessor dos filmes de psicopatas tão elaborados que existem hoje. Jogos Mortais foi claramente inspirado nele.
    Um ponto bem legal do filme é a atuação do Brad Pitt, se pegarmos uma foto do começo do filme e outra do final, vemos a evolução do personagem chegando a beira da loucura. Ótimo filme!

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