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[Crítica] Terror no Pântano 2


Direção: Adam Green
Ano: 2010
País: EUA
Duração: 89 minutos
Título original: Hatchet 2

Crítica:

Segure todos os seus pedaços.

Quatro se passaram desde o original, mas como a lenda nunca morre, eis que surge a sequência. Felizmente, a maioria dos profissionais envolvidos no primeiro filme retornam para a segunda parte, o que certamente deve trazer alívio para os fãs do original. Pelo menos o respeito e a continuidade da trama do original filme seriam retomadas. Apesar de todos esses sinais positivos, mantive minhas expectativas controladas. Não esperava que essa segunda parte fosse ruim, mas sabia que seria difícil conseguir superar - ou permanecer no mesmo nível - que o original.

O segundo começa exatamente onde o primeiro parou, com Victor Crowley pegando o braço de Marybeth. A garota enfia o dedo dentro do olho de Victor e consegue escapar com a ajuda de um pescador local. Desnorteada, a jovem vai pedir ajuda ao Reverendo Zombie para voltar ao local para dar um enterro digno aos seus parentes. O motivo não é muito forte, mas o Sr. Zombie reúne um grupo de caça e ajuda a mocinha. É claro que tem mais coisa errada nessa história e ficamos sabendo ainda mais sobre a lenda de Victor Crowley e o destino das crianças que tacaram as bombinhas. Não demora muito para ficar claro que, somente entendendo o que aconteceu no passado, eles irão conseguir acabar com a maldição de Crowley...Ou será que Crowley acabará com eles primeiro?

Como já era esperado, essa sequência não consegue superar o original. De fato, ela não consegue ficar nem perto do nível apresentado no primeiro filme. E, apesar de ainda ter ficado acima da média, me decepcionou. O maior diferencial entre os dois filmes está na mudança da atriz que interpreta a protagonista. Enquanto o original tinha Tamara Feldman como Marybeth, a sequência traz a veterana Danielle Harris no papel da mocinha. Não gosto de substituições, mas tenho certeza que muitos não se importaram, porque Harris é uma grande conhecida dos fãs do gênero. Gosto da interpretação das duas atrizes, mas confesso que acho a Harris um pouco mais badass, o que é fundamental para o papel.

Diferente do primeiro, em que Victor aparece no começo para o grupo todo, causando pânico. Neste, as pessoas se dividem em dois grupos: aqueles que vão ficar no meio da floresta para morrer no decorrer do filme e o grupo que vai até a casa de Victor e só começarão a morrer no terceiro ato. Isso perde um pouco a graça, afinal já sabemos que ninguém do primeiro grupo irá sobreviver e perdemos o interesse neles.

Outros defeitos da sequência são as faltas de perseguições. Se alguém vê Victor Crowley...morre. Sem nenhuma perseguição. E se compararmos com o primeiro, esta segunda parte perde feio. Outro ponto negativo é a falta de personagens femininas no filme. Só temos duas: A mocinha e uma outra que não tem qualquer destaque ou importância dentro da trama. Os personagens não têm metade do carisma que os anteriores tinham e isso faz com que suas mortes se tornem indiferentes. É muito difícil se importar quando sabemos que nenhum deles tem chance de sair vivo do pântano.

Porém, o festival de rostos conhecidos voltam a reinar. Tony Todd volta em um papel bem maior do que que o original. O oriental do primeiro filme também volta, mas agora ele vive o irmão gêmeo do que morreu. Seu papel é basicamente igual ao do irmão e não há grandes mudanças em seu desenvolvimento. E não podemos esquecer, é claro, da participação super especial da loira engraçada do primeiro filme, que apesar de também ter morrido, marca presença na sequência através de uma gravação.

As mortes continuam violentas, exageradas e sem efeito de computação gráfica. Destaco a machadada nas genitais de uma vítima e um desmembramento épico. Apesar do filme se desenvolver arrastando sem surpresas, quando o Crowley chega até a sua casa para o massacre final, o filme se salva de ser mais uma sequência dispensável. O desfecho é incrível e, definitivamente, a melhor parte do filme.Gostei também da preocupação do roteiro de continuar a história do original. Temos mais alguns pedaços do passado do vilão e outros elementos que complementam a mitologia da franquia. Apesar de não ser tão bom quanto o primeiro, certamente merece ser assistido. Principalmente porque há muito terror para ver visto pela frente.


Trailer:

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